Polícia Federal monta esquema para negociar saída pacífica de índios em Sidrolândia
Após sobrevoar a região e indígena afirmar que terenas não estão armados, o Superintendente da Polícia Federal monta estratégia para negociar saída de índios da Fazenda Buriti
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Após sobrevoar a região e indígena afirmar que terenas não estão armados, o Superintendente da Polícia Federal monta estratégia para negociar saída de índios da Fazenda Buriti
O Superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Edmar Marcon, está preparando um esquema para que os índios saiam pacificamente da Fazenda Buriti, em Sidrolâdia, distante 70 quilômetros de Campo Grande. Apesar disso, o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, está enviando reforço da Polícia Militar para a região neste sábado (18).
Marcon, que está com policiais federais em um posto de gasolina próximo a fazenda, diz que o prazo para a saída pacífica dos índios da propriedade do ex-deputado Ricardo Bacha acabou hoje, às 15h. Entretanto, a Polícia diz aguardar até às 19h uma negociação pacífica. Apesar de afirmar que a sede da fazenda foi invadida por cerca de 300 índios por volta das 12h, a Polícia Federal não confirma a informação.
O superintendente disse que sobrevoou a região e avistou muitos índios com as esposas e filhos, crianças. “Nós queremos diálogo e a força policial faz parte de uma estratégia. Porém, após o último prazo dado se os índios não saírem temos legitimidade de fazer a reintegração de posse”, justificou.
O vereador Cleidinaldo Marcelino (PT), representante indígena de Sidrolândia, garantiu aos policiais e a imprensa que os índios que estão na fazenda Buriti não estão armados, nem entraram na sede.
“Eles só dizem que não vão sair do quintal, mas não estão ameaçando ninguém e nem estão armados. A sede da fazenda também não foi invadida”, garantiu Cleidinaldo, que esteve no local.
O vereador declarou também que a comunicação dos índios com quem chega a fazenda é pacífica. “Não é como a família está dizendo. Eles estão lá para tentar plantar, é uma área indígena sim”, afirmou.
Outra fonte revelou ao Midiamax que os índios terena da região não têm armas e que estão abertos ao diálogo.
Um forte esquema policial é armado para a reintegração de posse da área, conseguida pela família Bacha pela Justiça. Jacini informou que a Cigcoe (Companhia Independente de Crises e Operações Especiais) e DOF (Departamento de Operações de Fronteira) vão ao local ainda hoje.
Ari Basso, prefeito da cidade, conversa com o Cleidinaldo Marcelino sobre a situação. O vereador tenta acalmar a situação, afirmando que os índios não têm armas. Basso declarou que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Tereza Cristina, disse que vai enviar equipes do DOF para região.
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