Polícia faz operação envolvendo ex-presidente da Câmara de Curitiba
A Polícia Civil do Paraná, por meio do Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos (Nurce), deflagrou na manhã desta quinta-feira uma operação para cumprir 18 mandados de busca de apreensão em residências e escritórios de pessoas com algum tipo de envolvimento com o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (sem partido). A […]
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A Polícia Civil do Paraná, por meio do Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos (Nurce), deflagrou na manhã desta quinta-feira uma operação para cumprir 18 mandados de busca de apreensão em residências e escritórios de pessoas com algum tipo de envolvimento com o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (sem partido). A Polícia Civil não divulgou o motivo da operação e ressaltou que tudo está sob segredo de Justiça. Derosso responde uma ação de improbidade administrativa sobre possíveis desvios de recursos da Câmara enquanto foi presidente da Casa.
Quinze mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Curitiba, dois em Pinhais (na região metropolitana de Curitiba) e um em Londrina. Durante a operação, três pessoas foram presas por porte ilegal de arma e encaminhadas para a delegacia do Nurce. Segundo a Polícia Civil, elas devem responder a este crime em liberdade.
Derosso deixou a presidência da Câmara Municipal de Curitiba depois que veio à tona o destino de R$ 35 milhões, entre 2006 e 2011, para publicidade. Os recursos eram administrados pelas empresas Oficina da Notícia e Visão Publicidade, escolhidas por meio de licitação. A então esposa de Derosso, Claudia Queiroz, proprietária da Oficina da Notícia, também era funcionária da Câmara.
No entanto, não há comprovação do uso de todo o dinheiro para o fim proposto. A formulação de uma revista, chamada Câmara em Ação, foi questionada porque não havia indícios de circulação da publicação, mesmo com a aplicação de recursos. Do total de R$ 35 milhões, R$ 18,3 milhões foram destinados para a publicação da revista Câmara em Ação. No entanto, durante a CPI na Casa que apurou as denúncias, nenhum exemplar impresso desta revista foi encontrado pelos vereadores.
Em 2011, o Ministério Público do Paraná pediu o afastamento de Derosso da presidência da Câmara, assim como o Conselho de Ética da Câmara. Quase um ano após a divulgação do caso, Derosso deixou o cargo e ficou apenas cumprindo a sua função como vereador. Em maio de 2012, ele pediu desligamento do PSDB e, no mês seguinte, a Justiça Eleitoral determinou a perda do mandato. A suplente Maria Goretti Lopes requereu a vaga e conseguiu entrar na Câmara após decisão judicial. Derosso teve seis mandados como vereador em Curitiba.
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