Laudos residuográficos apontam que Ivonei Gabriel Vieira, 35 anos, não fez disparos de arma de fogo, no dia do assassinato do indígena Celso Figueiredo, de 34 anos, morto no último dia 12 deste mês, na cidade de Paranhos.

De acordo com o delegado Rinaldo Gomes Moreira, o capataz da fazenda também se submeteu ao teste, que também não apontou vestígios de chumbo nas mãos, que poderia ter sido provocado por algum disparo de arma de fogo.

Celso Figueiredo foi morto com dois tiros enquanto caminhava da aldeia guarani-kaiowá Paraguaçu onde vivia, até uma fazenda localizada próxima aos limites entre as cidades de Paranhos e Sete Quedas, próximo à fronteira com o Paraguai.

Na época, a Polícia Civil encontrou uma espingarda de fabricação caseira, na casa de Ivonei, e uma blusa de Ivonei com marcas de sangue, que o mesmo afirma ser de carneiros.

Desde então ele estava preso por porte ilegal de arma. Ivonei foi liberado nesta segunda-feira (24), mediante pagamento de fiança de dez salários mínimos, ou seja, R$ 6.780 mil.

De acordo com o delegado, o crime ocorreu por volta das 5h30. Figueiredo e seu pai estavam a caminho da Fazenda Califórnia para receber o pagamento por serviços executados na propriedade, onde trabalhava como diarista, quando foram abordados por um homem usando capuz.

Em seu depoimento, o pai da vítima contou que o assassino usou uma espingarda para disparar o primeiro tiro contra Figueiredo. Depois, com a vítima já caída no chão, o homem sacou um revólver e fez o segundo disparo.

O delgado do caso descarta a hipótese do crime ter sido motivado por disputa de terras e acredita que a causa pode ter sido por conta de rixa.