Adolescente é baleado pela polícia durante assalto de brincadeira no RS

Uma brincadeira de adolescentes quase terminou em tragédia, nesta semana, no interior do Rio Grande do Sul. Mascarados e empunhando armas de brinquedo, eles pretendiam dar um susto em um professor, mas a polícia foi chamada e um deles acabou baleado. O caso ocorreu em Teutônia (a 109 km de Porto Alegre), no Vale do […]

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Uma brincadeira de adolescentes quase terminou em tragédia, nesta semana, no interior do Rio Grande do Sul. Mascarados e empunhando armas de brinquedo, eles pretendiam dar um susto em um professor, mas a polícia foi chamada e um deles acabou baleado. O caso ocorreu em Teutônia (a 109 km de Porto Alegre), no Vale do Taquari.

Os jovens, com idades entre 16 e 17 anos, participavam de um churrasco na casa de um deles, na noite de quarta-feira (24), quando decidiram surpreender o professor de artes marciais. Depois de telefonarem e confirmarem que ele estava a caminho do encontro, o trio se escondeu em volta da casa à espera da suposta vítima.

Porém, ao se prepararem com as armas de plástico em punho e com toucas cobrindo o rosto, uma testemunha passou pelo local e avisou à Brigada Militar. Sem levantar suspeitas, os policiais chegaram ao local e se depararam com os adolescentes.

“Uma pessoa passou pela casa e informou o [telefone] 190 de que estaria ocorrendo um assalto. Os policiais foram até lá, não ligaram giroflex da viatura para não servirem de alvo e fizeram a abordagem. Gritaram para largarem as armas, mas um dos menores correu em direção à casa, assustado. No meio do caminho, ele virou para olhar para trás. O policial achou que ele fosse atirar e disparou primeiro”, conta o delegado que investiga o caso, Mauro José Barcellos Mallmann.

Os policiais só se deram conta do equívoco quando o pai do ferido saiu de dentro de casa de mãos ao alto, tentando explicar a brincadeira.

O adolescente de 16 anos acabou atingido por um tiro no tórax. Ele foi levado ao hospital Ouro Branco, localizado na cidade, para a retirada da bala. Seu quadro de saúde é estável, sem risco de morte, de acordo com a instituição.

“Ainda estamos no início dos trabalhos. Foram abertos um inquérito civil e outro militar, por parte da Brigada Militar. Vamos apurar a possibilidade de falha na abordagem. Mais tarde, caso o Ministério Público entenda que houve algum excesso, deve denunciar [os policiais]”, afirma o delegado.

Para o CRPO (Comando Regional do Policiamento Ostensivo) do Vale do Taquari, da Brigada Militar, os policiais agiram dentro das normas técnicas de abordagem.

O caso chama a atenção para o perigo desse tipo de brincadeira, especialmente envolvendo réplicas de armas de fogo. “Nunca se sabe qual será a reação da vítima e de terceiros, sem conhecimento do fato. Essas atitudes podem representar um grave perigo para quem pratica esse tipo de ato”, alerta Mallmann.

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