Policiais denunciam que Iagro não paga diárias de fiscalização há mais de um ano

Segundo a categoria, eles são acionados pela Iagro/MS, quando ocorrem possíveis focos de Aftosa e é necessária a segurança, para os técnicos adentrarem nas propriedades rurais.

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Segundo a categoria, eles são acionados pela Iagro/MS, quando ocorrem possíveis focos de Aftosa e é necessária a segurança, para os técnicos adentrarem nas propriedades rurais.

Policiais militares, que com medo de retaliação preferem não se identificar, denunciaram ao Midiamax que não está sendo realizado o pagamento de diárias aos servidores que acompanharam este ano as fiscalizações da Iagro/MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal), no interior de Mato Grosso do Sul.

Segundo a categoria, eles são acionados quando ocorrem possíveis focos de Aftosa e é necessária a segurança, para os técnicos adentrarem nas propriedades rurais. “Não recebemos as diárias desde junho do ano passado e temos medo até da dívida ‘caducar’. Nas eleições foi à mesma coisa e agora temos 80 policiais nesta situação”, afirma a fonte.

O policial alega que o dinheiro é oriundo de um convênio entre o Governo Federal (Mapa) e o Governo do Estado (Iagro), sendo que este último seria o responsável por deslocar os militares aos postos de fiscalização e posteriormente repassar o pagamento.

“Já tentamos de inúmeras formas cobrar o pagamento, mas na própria Iagro eles dizem que tudo está na mão do governador e sem previsão”, diz revoltada a fonte.

Na fronteira, um policial conta que pagou por 10 dias a sua estadia e alimentação. “Fiquei longe da minha família, gastando dinheiro do meu bolso. Realmente acreditei que o governo depositaria na minha conta, conforme determina a lei, mas nem satisfação eles deram”, garante a fonte.

A irregularidade foi confirmada pela ACS/MS (Associação de Cabos, Soldados e Bombeiros Militares). “De fato recebemos reclamações e conversei na Sejusp/MS (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), sendo que eles disseram que estariam sanando o problema junto ao órgão responsável. Agora aguardo a resposta”, diz o presidente Edimar Soares da Silva.

Questionada sobre o problema, a diretora-presidente da Iagro/MS, Maria Cristina Carrijo, não quis conversar com o Midiamax. Por meio da assessoria do seu gabinete, ela pediu para entrar em contato com a Seprotur (Secretaria de Estado de desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria e do Turismo), já que seria uma agência subordinada a ele.

Neste último órgão, a assessoria explicou que a secretária Teresa Cristina Dias está presente em uma solenidade, em Três Lagoas, município distante a 338 quilômetros da Capital e que posteriormente falará com a reportagem.

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