Polícia apreende passáros em casa de receptador de produtos furtados
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Policiais Militares Ambientais de Campo Grande foram acionados ontem à noite pelo policiamento Tático do 10º Batalhão, em virtude do encontro de diversos pássaros que estavam na residência de um homem que estaria sendo preso por receptação de produtos furtados.
Os policiais foram ao bairro Aero Rancho e verificaram que o homem possuía 22 pássaros silvestres. Destes, 13 estavam com anilhas e estavam legalizados. Os demais não tinham documentação. Os pássaros ilegais foram apreendidos, sendo nove curiós, um sabiá, um papa-capim, uma maritaca e uma coleirinha. Os animais foram encaminhados à DEPAC – Delegacia de Polícia Civil do bairro Piratininga.
O autuado também recebeu multa administrativa de R$6.500,00, por manter animais silvestres em cativeiro sem autorização ambiental. Os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais silvestres – CRAS. Ele também responderá por crime ambiental e poderá pegar pena de 06 meses a 1,5 ano de detenção.
Apesar de ter melhorado muito a sensibilidade da população com relação à criação de animais silvestres em cativeiro, várias pessoas ainda insistem em adquiri-los, o que alimenta o tráfico de animais silvestres, que é considerada a terceira atividade mais rentável do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Muitos, dizem que tem os animais há muito tempo, porém, antes na nova lei de crimes ambiental (9605/98) a manutenção de animais silvestres em cativeiro era crime inafiançável, desde 1967, com previsão dada pela lei federal 5197/67, com pena de 02 a 05 anos de reclusão. Ou seja, a punição era maior do que hoje.
Na verdade, a manutenção de animais em cativeiro, além do risco à fauna, coloca em risco a população humana, pois, 75% das doenças inseridas nas populações humanas são de origem zoonótica. Ou seja, advinda de animais.
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