Polícia ouve familiares de meninos que apanharam na Afonso Pena

A Delegada do 3º DP (Distrito Policial) Marli Kaiper está ouvindo os familiares do jovem Júlio Cesar dos Santos Flores, de 13 anos, que foi assassinado domingo à noite após uma briga que envolveu ao menos 20 jovens nos altos da Avenida Afonso Pena. Segundo informações da polícia, a delegada ouvirá durante o dia todo […]

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A Delegada do 3º DP (Distrito Policial) Marli Kaiper está ouvindo os familiares do jovem Júlio Cesar dos Santos Flores, de 13 anos, que foi assassinado domingo à noite após uma briga que envolveu ao menos 20 jovens nos altos da Avenida Afonso Pena.

Segundo informações da polícia, a delegada ouvirá durante o dia todo a família do adolescente assassinado, além de mais quatros famílias que são dos outros jovens que estavam junto com Júlio Cesar no dia em que ocorreu o crime. Além dos depoimentos, as investigações também estão tendo diligências da polícia pela Capital.

O jovem Júlio Cesar foi sepultado ontem às 16 horas no cemitério do Cruzeiro.

O caso

Às 21h30 do último domingo (31 de janeiro), nos Altos da Avenida Afonso Pena, dois grupos de jovens se encontraram e o local, conhecido por ser ponto de lazer se transformou em palco de uma guerra urbana.

Cinco jovens de periferia, que estavam a pé, foram cercados por quinze jovens dispersos em vários automóveis. Eles teriam descido dos veículos armados com tacos de beisebol e correntes.

Júlio César dos Santos Flores, 13, morador do Jardim Colúmbia levou chutes e foi alvo de pancadaria ao lado de outros quatro colegas entre eles, o irmão de 19 anos, o ajudante de serviços gerais, André Augusto dos Santos, que relatou o que teria acontecido na noite de domingo. A chegada da Polícia Militar teria dispersado os jovens. 

Na segunda-feira (1 de fevereiro), por volta das 14 horas o corpo do adolescente Júlio foi encontrado pelo próprio irmão, no trecho do córrego Sóter, na Avenida Nery Martins, no Portal Itayara.

André dos Santos decidiu investigar o sumiço do irmão, na região do Parque do Sóter. Ele encontrou sapato e depois, o corpo.

 Após a briga, o grupo foi disperso. André foi para a casa dele, no Conjunto Arnaldo Estevão de Figueiredo. O irmão de 13 anos seguiu com alguns amigos para a região do Jardim Colúmbia. 

Na segunda-feira por volta do meio-dia, André tentou falar com o irmão através do telefone da mãe, Eloísa Elena dos Santos Flores. Ela disse que o filho de 13 anos não tinha ainda aparecido em casa.

Foi quando André resolveu procurar pelo irmão, descobriu que um amigo de Júlio foi levado para Santa Casa, vítima de golpes de taco de beisebol. Com a ajuda de amigos, o irmão mais velho foi até o córrego Sóter e lá encontrou o corpo do irmão. Ele suspeita de que os ‘playboys’ tenham seguido e matado o adolescente.

“Por que fizeram isso com o meu irmão? Eu que reagi, não ele. Eu quero Justiça e que a polícia investigue. Meu irmão não era de briga, não fazia nada disso. Foram eles [playboys]. Por que meu irmão?”, disse chorando na margem do córrego, a poucos metros da equipe da funerária que fazia o recolhimento do corpo. Os peritos fazem o levantamento no local.