O que está em jogo nas Eleições 2022
Wilson Aquino*
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Qual é o segredo de países que nas últimas décadas deixaram a pobreza e a miséria para se tornarem potências econômicas? Por que países que precisam importar quase tudo de uso e consumo se tornaram potências econômicas? Por que o Brasil, considerado “Celeiro do mundo”, que possui grandes extensões territoriais; as terras mais férteis com clima, água e tecnologia que permitem a produção de alimentos durante todo o ano; grandes reservas minerais e um povo ordeiro e trabalhador, não deslancha? Não decola? E lamentavelmente ainda possui milhares de famílias vivendo na miséria?
Por que somos tão pobres se o país é tão rico?
A questão é complexa, porém entre as “causas” não tem como não atribuir a maus governantes que passaram pela condução do país nas últimas décadas. Governantes do poder executivo que valorizaram apenas o poder, a ganância pessoal e a corrupção que, lamentavelmente falaram mais alto para a maioria deles.
Não faltaram poderosos aliados que deveriam dizer “não” ou “basta de corrupção” e mudar as leis para punir e impedir o roubo do patrimônio público e o descaso com a população. Estamos falando do poder legislativo, que tem sido conivente, por intermédio de grande parte de seus membros, ou omissos com esse estado de interesse escuso e de enriquecimento ilícito, fazendo pouco ou nada em benefício do povo.
Deputados federais e senadores têm fracassado ao longo de reiterados mandatos, no cumprimento integral de suas funções, que é de lutar por uma sociedade justa e com qualidade de vida para a população brasileira.
Em vez disso, o que se tem visto é uma correria e enganação para se conseguir o voto de quatro em quatro anos e para isso, valendo tudo. Vale fazer as promessas mais mirabolantes, mentir, enganar e até comprar votos para que tenham seus “tronos” garantidos. Cadeiras essas que lhes darão poder e riqueza. Esse tem sido o procedimento da maioria que se elege e reelege à Câmara Federal e ao Senado.
Lamentável esse quadro que se repete de quatro em quatro anos. E como se não bastassem descasos dessa natureza para com o povo brasileiro, temos agora nas Eleições 2022, novas e grandes ameaças que podem sim provocar desastres para as famílias e a toda sociedade.
Quem vê melhor essa ameaça é aquele que eleva a visão para além das fronteiras do Brasil. Ao analisar e estudar o que vem acontecendo em países vizinhos que escolheram mal seus governantes e hoje pagam o preço mais alto, muitos com a própria vida, por conta da tirania implantada em sociedades que se destacavam na economia mundial.
A mesma ameaça paira agora sobre o Brasil, onde entre os candidatos à presidência e ao parlamento, há quem queira restringir direitos democráticos do cidadão, inclusive assegurados pela Constituição Brasileira; perseguir a igreja; liberar o uso de drogas; legalizar o aborto; abrandar o crime e tantos outros absurdos como ocorrem hoje em países vizinhos e que já ameaçam o Brasil, por intermédio de projetos “engatilhados” no legislativo federal e em projetos de governo.
Felizmente a internet permite a todo cidadão tomar conhecimento dessas ameaças veladas por partidos políticos e candidatos. Com o poder do voto, se bem utilizado, essa monstruosa e terrível ameaça pode ser afastada.
É dever, portanto, de cada eleitor, jovem e adulto, estabelecer critérios rigorosos para escolha dos quatro votos que darão nas Eleições 2022: Que presidente eu quero para meu país? Quem é quem? Qual é a história de cada um deles? São honestos? Já comprovaram seu compromisso com os reais interesses do povo? O mesmo critério serve para a escolha do próximo governador do Estado.
O Senado é uma Casa de Leis importantíssima, assim como a Câmara dos Deputados. Aqueles que buscam a reeleição, como agiram nesse mandato que termina em dezembro? Como votaram os grandes temas? Apoiaram o Executivo na condução do país? ou dificultaram o seu desenvolvimento ao defender interesses pessoais, partidários e ideológicos?
Aqueles que querem ocupar as cadeiras desses dois parlamentos, também precisam ser investigados pelos eleitores e cobrados para que defendam os interesses do povo e não de determinados grupos. A escolha de deputados estaduais, da mesma forma. Fora com aqueles que tiveram mandatos e não atenderam aos anseios do povo. Fora com eles.
Além de pesquisar sobre as propostas e passados de cada candidato, o eleitor precisa também orar ao Senhor para receber as orientações necessárias sobre como agir para evitar que o país caia nas mãos de indivíduos inescrupulosos que querem até mesmo acabar com a religiosidade do povo brasileiro. Lembrando que o país é laico, porém o seu povo não.
*Jornalista e Professor
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