A nova composição do Congresso registra, além da renovação sempre saudável, o reconhecimento popular aos que fazem da política um compromisso que vem do berço. São políticos que exercem a militância na cordialidade, no interesse público, na educação recebida. E o eleitor sábio, escaldado, experiente, renovou mandatos de parlamentares de qualidade.

No Rio, destacam-se dois deputados federais de atuação positiva na Câmara, em projetos, nas comissões e na defesa dos interesses do Estado em meio a grave crise que vivemos e superamos. São eles: Júlio Lopes e Hugo Leal. Há de se saudar também a mudança de estadual para federal de Marcelo Queiroz e a volta de Laura Carneiro. Quando se fala em conservadores, deve-se lembrar que os puros são os que defendem o progresso com prudência, ordem, moderação, conciliação, sem arroubos, contestações descabidas. Conservador na é populista.

Ainda em se tratando de Rio, registra-se a sabedoria popular de não abrigar candidaturas que vieram buscar no Estado asilo pelo eventual repúdio em seus estados de origem. O caso da ex-senadora Heloísa Helena, que foi deputada estadual e vereadora em Alagoas e, sem espaço pelo seu radicalismo, veio se candidatar no Rio.

Fator de estabilidade e bom senso no Congresso tem sido a presença de veteranos, com muitos mandatos bem exercidos.

Minas é rica nas famílias com gerações no exercício de cargos ou mandatos, reelegeu Paulo Abi-Ackel, Aécio Neves, Lafayette Andrada, Rodrigo de Castro, todos filhos de grandes políticos.

Seja lá qual for o resultado dessa eleição, o Brasil não viverá dias harmoniosos. A divisão, a contestação e a negação podem nos levar à beira do abismo e só mesmo a sabedoria com respaldo na experiência poderá nos salvar. E, para tal, terá de contar com este time plural, mas com o denominador comum de honrar a classe política, que é um dos pilares da democracia, com competência, habilidade e autoridade.

O povo tem mostrado instinto, faro para perceber o odor dos que fizeram da vida pública trampolim para ambições pessoais, paixões ideológicas, compromissos alheios aos exemplos de patriotismo de nossa história desde o Império. E memória para não esquecer fatos reentes de corrupção e condenações. 

Apesar da campanha recheada de ódios e deformações do papel institucional dos poderes, deve votar discreta e decididamente pela solução mais justa neste segundo turno. Neste sentido, do Brasil acima de tudo, deve-se registrar o patriotismo do Senador eleito Sergio Moro, que colocando de lado diferenças com o Presidente  saiu em defesa do voto consciente no Presidente.

Os mais humildes darão uma lição aos que, com frieza e irresponsabilidade, querem levar o país ao caos. O momento é grave!