Alguns prisioneiros ucranianos poderão pedir liberdade condicional antecipada e se juntar ao exército sob uma nova lei que visa aumentar o efetivo de Kiev em sua luta contra a invasão russa.

A nova lei se aplica apenas aos detentos que não tenham mais de três anos restantes das sentenças originais e não abrangerá aqueles que cometeram os crimes mais graves.

O parlamento ucraniano votou na quarta-feira (8) para alterar o código penal do país para permitir a “libertação antecipada condicional” de prisioneiros em troca de “sua participação direta na defesa do país, proteção de sua independência e integridade territorial.”

Os prisioneiros que não serão elegíveis incluem “Aqueles que cometeram assassinatos premeditados, estupradores e pedófilos, funcionários corruptos, aqueles que cometeram crimes contra as fundações da segurança nacional da Ucrânia e aqueles que ocuparam cargos particularmente responsáveis, incluindo deputados e ministros” de acordo com uma declaração do partido no poder “Servo do Povo” liderado pelo presidente Volodymyr Zelensky.

O movimento acontece após uma série de avanços das forças russas ao longo das linhas de frente e vem em meio a uma iniciativa mais ampla da Ucrânia para enfrentar a escassez crítica de mão de obra e munição.

A Rússia vem recrutando prisioneiros desde os primeiros meses da guerra e os colocou em algumas das batalhas mais ferozes até agora – levando a acusações de que o Kremlin vê essas tropas como meras “forragens de canhão.”

Seu recrutamento de prisioneiros e sua posterior libertação de volta à vida civil causaram uma reação na Rússia, já que muitos foram presos novamente após cometerem novos crimes.