Saída de González da Venezuela é considerada ‘balde de água fria’ para oposição

Saída do ex-candidato à presidência Edmundo González Urrutia fortalece regime autoritário na Venezuela

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Edmundo González Urrutia (Reprodução)

A oposição venezuelana sofreu um duro golpe com a saída do país do ex-candidato à presidência Edmundo González Urrutia, que buscou asilo político na Espanha no último sábado (7). O evento é considerado um revés significativo para os opositores do regime de Nicolás Maduro.

Segundo o analista sênior de assuntos internacionais Américo Martins, a saída de González representa “um balde de água fria” para a oposição venezuelana. O ex-candidato, que a oposição afirma ter vencido as eleições, deixou o país temendo por sua integridade física, havendo relatos de que ele suspeitava poder “eventualmente morrer no cárcere”.

Enfraquecimento da oposição


O exílio de González enfraquece significativamente a possibilidade de mobilização da oposição e dos eleitores que o apoiaram. Embora isso não signifique que a oposição ou outros países aceitarão o resultado oficial das urnas, a ausência física do candidato no país dificulta a organização de protestos e manifestações contra o governo Maduro.

Maria Corina Machado, líder proeminente da oposição, havia declarado que González tomaria posse em 10 de janeiro. No entanto, com sua saída do país, essa perspectiva se torna ainda mais distante. Machado, que venceu as prévias da oposição, mas foi impedida de registrar sua candidatura, agora se vê como o principal alvo do regime de Maduro.

Fortalecimento do regime de Maduro


Para o presidente Nicolás Maduro, o exílio de González é visto quase como um “presente”. O regime venezuelano provavelmente utilizará essa situação para fortalecer sua narrativa, alegando que González ‘fugiu’ por não ter realmente vencido as eleições, avalia Américo.

Espera-se uma escalada ainda maior do autoritarismo na Venezuela, com o regime de Maduro possivelmente intensificando a perseguição a outros líderes opositores, especialmente Maria Corina Machado. A saída de González do país permite que o governo “reforce seu controle e reprima ainda mais as vozes dissidentes”.

Enquanto González tentará organizar apoio internacional à oposição venezuelana de fora do país, Machado continuará seus esforços de mobilização internamente. No entanto, o cenário político na Venezuela se mostra cada vez mais desafiador para aqueles que se opõem ao governo de Maduro, com o autoritarismo ganhando força e a oposição enfrentando obstáculos crescentes para sua atuação.

(Com informações da CNN Brasil)

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