O paradeiro do líder da oposição russa Alexei Navalny é desconhecido há, pelo menos, uma semana, quando funcionários da prisão onde ele cumpria a pena disseram a um dos seus advogados que ele já não constava da lista de reclusos, de acordo com sua porta-voz. Questionado, o Kremlin disse não saber sobre o opositor.

Os funcionários da prisão “se recusam a dizer para onde o transferiram”, disse a porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, em postagens no X, antigo Twitter. Um advogado de Alexei Navalny que contatou outra prisão na região para onde ele poderia ter sido transferido foi informado de que a instalação não tinha tal preso.

“Não, não temos a intenção nem a possibilidade de conhecer o destino dos prisioneiros e os detalhes da sua estadia nas instituições penitenciárias correspondentes”, disse Dmitry Peskov, porta-voz presidencial do governo da Rússia, na sua entrevista coletiva diária.

Alexei Navalny cumpre pena de 19 anos sob acusação de extremismo em uma prisão de segurança máxima, a Colônia Penal n.º 6, na cidade de Melekhovo, na região de Vladimir, cerca de 230 quilômetros a leste de Moscou.

Ele deveria ser transferido para uma colônia penal de “segurança especial”, uma instalação com o mais alto nível de segurança do sistema penitenciário russo.

Yarmysh disse na segunda-feira (11), que Navalny deveria comparecer ao tribunal naquele dia por meio de videoconferência, mas não o fez, e que já se passaram seis dias desde a última vez que seus advogados ou aliados tiveram dele.

Repercussão

As preocupações com Navalny repercutiram em todo o mundo. O porta-voz do conselho de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na segunda-feira que Navalny “deveria ser libertado imediatamente” e “nunca deveria ter sido preso em primeiro lugar”.

Da mesma forma, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, reiterou nesta terça-feira (12), o seu apelo à libertação imediata do opositor russo.

Com informações da Agência Estado e Agências Internacionais