O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, deverá renunciar, apesar de ganhar um voto de confiança no Senado nesta quarta-feira, 20, pondo fim a um governo de unidade nacional que durou quase um ano e meio.

Draghi ganhou a votação, mas as abstenções em massa de três grandes partidos indicaram que ele não tem mais o apoio da maioria do Parlamento. Draghi pode renunciar já na noite desta quarta-feira.

Draghi inicialmente apresentou sua renúncia no fim da semana passada, depois que um partido importante em sua coalizão boicotou uma votação no Senado. O presidente italiano, Sergio Mattarella, não aceitou a renúncia e disse a Draghi para determinar se havia apoio suficiente no Legislativo para que ele conseguisse uma maioria.

Em outro desafio, a provavelmente enfrentará custos mais altos para refinanciar sua dívida. A sucessora de Draghi no Europeu (BCE), Christine Lagarde, deverá confirmar nesta quinta-feira o primeiro aumento da taxa de juros do Banco Central em mais de uma década. O longo período de baixas taxas de juros permitiu à Itália a empurrar sua dívida, equivalente a 150% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.