Exercícios militares dos Estados Unidos aumentam tensão no Mar da China

Os Estados Unidos iniciaram exercícios militares com dois porta-aviões e um navio de guerra no Mar da China, em um território disputado por vários países asiáticos e motivo de tensão constante entre americanos e chineses. Segundo a Marinha dos EUA, os porta-aviões Theodore Roosevelt e Nimitz “fizeram uma série de exercícios com o objetivo de […]

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Os Estados Unidos iniciaram exercícios militares com dois porta-aviões e um navio de guerra no Mar da China, em um território disputado por vários países asiáticos e motivo de tensão constante entre americanos e chineses.

Segundo a Marinha dos EUA, os porta-aviões Theodore Roosevelt e Nimitz “fizeram uma série de exercícios com o objetivo de aumentar a operação” militar americana no local. Na semana passada, o navio USS John S. McCain havia circulado pela região, o que provocou reação de Pequim.

“A embarcação americana entrou em águas territoriais das Ilhas Xisha sem autorização”, protestou o Exército chinês, referindo-se às chamadas Ilhas Paracelso, um arquipélago de corais. O governo da China disse, na ocasião, que “expulsou” o navio, o que foi negado pelos americanos.

Outros países vizinhos, como Filipinas, Malásia, Brunei, Indonésia, Cingapura e Vietnã também questionam a soberania chinesa na região, uma rota-chave do comércio marítimo mundial, por onde passa anualmente um volume de carga no valor de US$ 5,3 trilhões (cerca de R$ 16,39 trilhões).

Os EUA também contestam as reivindicações territoriais chinesas, acusando Pequim de militarizar o Mar da China e intimidando vizinhos. “Estamos empenhados em garantir o uso legal do mar de que todas as nações desfrutam, de acordo com a lei internacional”, disse o contra-almirante Jim Kirk, comandante do Nimitz, em comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu dizendo que tomará “as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente a soberania e segurança nacional”. Esse foi o primeiro exercício militar dos EUA no local desde junho de 2020 e o primeiro no governo de Joe Biden. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.