Os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo contra milícias pró-Irã na fronteira entre e Síria na madrugada desta segunda-feira (28), matando pelo menos sete pessoas.

Segundo comunicado do Pentágono, o bombardeio foi “defensivo” e mirou locais supostamente usados para ataques de drones “contra o pessoal e estruturas americanas no Iraque”.

O Departamento de Defesa do país americano diz ter atingido dois depósitos de armas na Síria e um no Iraque, todos eles atribuídos a milícias pró-Irã.

“Como demonstrado pelo ataque desta noite, o presidente [Joe Biden] foi claro ao dizer que agirá para proteger o pessoal americano”, acrescenta o Pentágono, alegando o “direito à autodefesa”.

No entanto, o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, afirmou que o bombardeio conduzido pelos EUA é uma “flagrante violação” da soberania iraquiana no próprio território.

Já a milícia Hashed al-Shaabi, uma das atingidas, disse que o ataque “resultou no martírio de um grupo de combatentes heroicos”. “Continuaremos sendo um escudo que defende nossa amada nação e estamos plenamente prontos para responder e nos vingar”, reforçou.

Esse foi o segundo bombardeio contra milícias pró-Irã na gestão Biden, enquanto as tropas americanas no Iraque já sofreram mais de 40 ataques neste ano, incluindo bombas contra comboios logísticos e 14 lançamentos de foguetes.

A ONG Observatório Sírio para os afirma que sete combatentes morreram na operação desta segunda-feira. Já a agência estatal síria Sana afirma que uma criança foi morta, porém não deu mais detalhes.

O bombardeio americano também reacende o temor de uma nova escalada de tensão entre os EUA e o Irã, poucos dias após a eleição do jurista ultraconservador Ebrahim Raisi como presidente da República Islâmica.