Papa alerta para “indiferença” pelo próximo
O Papa Francisco alertou hoje (1o) para a “indiferença com o próximo”. Segundo ele, essa é a característica que marca a sociedade contemporânea. O pontíficie pediu aos fiéis que preparem o Natal pensando nos mais necessitados. “Vigilância significa, concretamente, estar atento ao próximo em dificuldade, ser interpelado pelas suas necessidades, sem esperar que ele nos […]
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O Papa Francisco alertou hoje (1o) para a “indiferença com o próximo”. Segundo ele, essa é a característica que marca a sociedade contemporânea. O pontíficie pediu aos fiéis que preparem o Natal pensando nos mais necessitados.
“Vigilância significa, concretamente, estar atento ao próximo em dificuldade, ser interpelado pelas suas necessidades, sem esperar que ele nos peça ajuda, mas aprender a prevenir, a antecipar, como Deus faz sempre conosco”, disse Francisco, assinalando o início do Advento.
Da janela do apartamento pontifício, de onde presidiu ao ângelus perante os milhares de pessoas que o acompanharam na Praça de São Pedro, o papa Francisco advertiu para os riscos da “indiferença e vaidade” que levam à “incapacidade de estabelecer relações genuinamente humanas, de cuidar do irmão solitário, abandonado ou doente”.
A Igreja Católica celebra este domingo o início do advento, primeiro tempo litúrgico do novo ano do calendário celebrativo católico.
O pontífice convidou ainda os católicos a ter uma “visão de fé e esperança” sobre todos os acontecimentos da sua vida, com uma “atitude de peregrinação, de caminho em direção a Cristo, o significado e o fim da história”.
Iraque
O papa Francisco disse também que acompanha com “preocupação” a situação no Iraque, onde a repressão dos protestos contra o governo causou dezenas de vítimas nos últimos dias.
“Rezo pelos mortos e feridos. Estou próximo das suas famílias e de todo o povo iraquiano, invocando a Deus a paz e a concórdia”, declarou.
Depois que manifestantes irromperam pelo consulado iraniano de Najaf, uma cidade no sul do Iraque de maioria xiita, houve uma escalada de violência que foi condenada pelas principais autoridades muçulmanas e pelos líderes políticos. O fato culminou na renúncia do primeiro-ministro.
Desde 01 de outubro que dezenas de milhares de manifestantes iraquianos tomaram as ruas, indignados com o que consideram ser a corrupção generalizada, a falta de oportunidades de emprego e os fracos serviços básicos, apesar da riqueza em petróleo do país.
As manifestações têm ocorrido, sobretudo, nas praças Tahrir e Khilani, na capital iraquiana, e nas províncias predominantemente xiitas do sul, contando com uma dura repressão das forças de segurança iraquianas. Os confrontos deixaram quase 400 mortos e cerca de 15 mil feridos.
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