Colômbia pede aumento de cerco diplomático a Maduro e espera mais deserções de militares
O presidente da Colômbia, Ivan Duque, pediu neste domingo que se intensifique o cerco diplomático contra Nicolás Maduro e, embora tenha descartado intervenção militar, previu mais deserções de efetivos das forças de segurança que reconheçam Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela. Duque visitou as principais pontes fronteiriças da Colômbia com a Venezuela, um dia […]
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O presidente da Colômbia, Ivan Duque, pediu neste domingo que se intensifique o cerco diplomático contra Nicolás Maduro e, embora tenha descartado intervenção militar, previu mais deserções de efetivos das forças de segurança que reconheçam Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.
Duque visitou as principais pontes fronteiriças da Colômbia com a Venezuela, um dia depois de Maduro bloquear a entrada de toneladas de alimentos e medicamentos de ajuda humanitária para os necessitados e pelo menos duas pessoas terem sido mortas em confrontos violentos com soldados na fronteira com o Brasil.
“A comunidade internacional tem a obrigação de intensificar o cerco diplomático porque uma ditadura que é capaz de queimar medicamentos e alimentos para atender as pessoas indefesas no seu território é a maior demonstração da brutalidade que está disposta a cometer para se preservar no poder”, disse Ivan Duque a jornalistas.
No sábado, dezenas de pessoas ficaram feridas na Venezuela em meio a intensos confrontos entre as forças de segurança e manifestantes que pressionavam pela entrada da ajuda humanitária.
O Grupo de Lima vai se reunir na segunda-feira em Bogotá para analisar o que aconteceu com o bloqueio da ajuda. O encontro contará com a presença de Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela em janeiro e recebeu o reconhecimento dos Estados Unidos e vários países da América Latina e da Europa.
Cerca de 100 membros das forças de segurança venezuelanas desertaram e passaram para o território colombiano nas últimas horas para reconhecer Guaidó como o legítimo presidente de seu país.
“Há dezenas de soldados venezuelanos que vieram ao nosso território jurar fidelidade a Juan Guaidó e eu acho que isso também é a demonstração do efeito dominó que virá a seguir na Venezuela”, disse Duque.
“O importante aqui é o cerco diplomático e não se deixar levar por discursos inflamados”, afirmou Duque quando perguntado se contemplava uma opção militar para acabar com a crise na Venezuela.
A Colômbia ordenou o fechamento por dois dias dos cruzamentos de fronteira com a Venezuela, na região do Norte de Santander, para inspecionar as condições de segurança das pontes.
Diante da assistência colombiana à oposição, Maduro rompeu completamente as relações diplomáticas com Bogotá.
Alimentos e medicamentos que não puderam chegar à Venezuela conforme planejado foram novamente armazenados em uma instalação localizada na cidade de Cúcuta e Ivan Duque disse que espera o “melhor momento” para tentar o envio novamente.
Guaidó, que disse no sábado que voltará à Venezuela na segunda-feira depois de participar da reunião do Grupo de Lima, pediu nas últimas horas à comunidade internacional que se mantenham abertas “todas as opções” para resolver a crise em seu país.
Em comunicado publicado no Twitter, o governo brasileiro condenou a violência usada pelo governo venezuelano para evitar a entrada da ajuda, classificando o uso de força como “criminoso” e pedindo que a comunidade internacional una esforços para “libertar” a nação sul-americana.
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