ONG diz que Venezuela já prendeu 1,3 mil pessoas e matou 26 em protestos

Prisões seriam arbitrárias, segundo Anistia Internacional

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Prisões seriam arbitrárias, segundo Anistia Internacional

A ONG Anistia Internacional classificou como arbitrárias as prisões que vêm ocorrendo na Venezuela desde o início dos protestos da oposição ao governo de Nicolás Maduro, há pelo menos um mês.

Em um relatório sobre as condições dos presos, apresentado nesta quarta-feira (26), a Anistia aponta que o  país descumpriu ordens de soltura, cometer isolamentos em cadeira, fez flagrantes forjados, detenções por tempo indefinido e possui ausência de independência judicial.

Segundo o relatório já, houveram 26 mortos e quase 1,3 mil encarcerados até a quarta semana de protestos, tanto nos contrários quanto nos favoráveis ao regime de Maduro.

A ONG ainda aponta que existem 16 pessoas presas na Venezuela com ordens de libertação determinadas. Além disso, é comum que pessoas com ligações à opositores políticos sejam isoladas, o que a Anistia classificou como tortura.

É o caso do dirigente do partido Vontade Popular, de direita, Yon Goicoechea. Yon foi preso em agosto acusado de armar bombas em um protesto, porém o Ministério Público declarou em outubro que ele deveria ser solto por falta de provas.

Ao invés disso, o opositor foi isolado em uma cadeia do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), e não pode receber visitas de advogados nem de familiares.

Mais protestos devem ocorrer nesta quarta-feira. A Anistia deverá convocar uma reunião de chanceleres sobre a Venezuela, a pedido de 16 países, incluindo o Brasil.

(com supervisão de Evelin Cáceres)

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