Militares transgênero poderão servir no Exército dos EUA em 2018

Veto é alvo de ações judiciais

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Veto é alvo de ações judiciais

O pessoal transgênero do Exército americano poderá continuar servindo e se alistar no ano que vem, enquanto o Pentágono decide como implementar a proibição do presidente determinada pelo Donald Trump, informou um porta-voz da Defesa nesta sexta-feira (15).

Trump surpreendeu em julho, ao anunciar no Twitter que as pessoas trans não poderão mais servir em nenhuma Força, voltando atrás no plano aprovado por seu antecessor, Barack Obama.

O porta-voz do Pentágono, coronel Rob Manning, disse que o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, havia ordenado aos altos funcionários que elaborassem um plano para implementar a proibição de Trump, mas este não deve ser apresentado ao presidente antes de 21 de fevereiro de 2018.

“O plano de implementação estabelecerá as normas políticas e os procedimentos para encarar o serviço militar por parte de indivíduos transgênero… consistente com a preparação militar, a mortalidade, o deslocamento e as limitações orçamentárias e a legislação aplicável”, explicou Manning a jornalistas.

O porta-voz afirmou que a política da era Obama que permitia aos transexuais servir e receber tratamento médico será mantida por enquanto.

“Os membros transgênero do serviço, cujo término se dá enquanto as (atuais) diretrizes estão em vigor poderiam voltar a se alistar sob os procedimentos existentes”, acrescentou.

O veto aos transgêneros de Trump já motivou várias ações legais.

A rede LGBT de pessoal militar OutServe-SLDN, que tenta combater a discriminação no Exército, e os defensores dos direitos civis Lambda Legal, apresentaram uma ação e na quinta-feira, o almirante reformado Mike Mullen, ex-chefe de Estado maior conjunto, manifestou seu apoio.

“O julgamento militar prévio neste assunto não deveria ser ignorado e não deveríamos romper a fé dos membros do serviço que defendem nossa liberdade, inclusive aqueles que são transexuais”, disse, em uma declaração.

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