Líderes oposicionistas reclamam de demora em aprovação do processo

O clima político se acirra na Venezuela com o pedido de um referendo para decidir se Maduro continua seu mandato. Na última quinta-feira (21), sete deputados do partido Justiça Primeiro algemaram-se a uma escadaria do edifício do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), em Caracas.

Segundo os opositores de Maduro, órgãos como o CNE atrasam o processo do possível referendo em nome do que chamam de “oficialismo”, com o objetivo de beneficiar o atual governo. Há cerca de um mês, a coligação MUD (Mesa da Unidade Democrática) tem requerido que o CNE forneça os formulários necessários para recolhimento de assinaturas para o referendo.

“Pediram uma quantidade exorbitante de requisitos, que foram entregues a tempo. Mesmo assim, estão atrasando este processo”, afirmou o deputado oposicionista Juan Requesens, que participou no protesto contra o CNE.

Segundo uma pesquisa do ógão venezuelano Datanalisis, 52,1% da população apoia a saída de Maduro. Entre os motivos, está a grave crise econômica enfrentada pelo país, a maior desde o início do regime chavista.

O presidente venezuelano disse que só aceita renunciar caso, no possível referendo, ele venha a ter contra si mais votos do que teve para se eleger, quando foi escolhido com 7,8 milhões de votos.