É a primeira vez que autoridades defendem flexibilização na ONU

 A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) se reuniu na terça-feira (19), com o objetivo de definir novas estratégias internacionais em relação ao combate de narcóticos. Pela primeira vez, diversas autoridades mundiais se posicionaram a favor de um “abrandamento” nas políticas de plantio e consumo das drogas.

Os 193 países membros da ONU tiveram posições diferentes sobre o assunto, havendo tanto argumentos favoráveis à descriminalização, quanto a favor do endurecimento da chamada ‘guerra às drogas’.

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto afirmou que pretende aumentar o limite de maconha que cidadãos podem portar, além de legalizar o uso medicinal da erva.

O secretário-geral-assistente da ONU, Magdy Martínez-Solimán, declarou ao jornal inglês The Guardian que “evidências mostram que as abordagens proibicionistas não funcionaram. De 1998 a 2008 o número de pessoas usando drogas ilícitas não mudou significativamente, nem a área usada para o cultivo de papoula”.

O presidente da Colômbia, favorável a políticas mais flexíveis na questão, disse que este “não é um pedido de legalização das drogas, mas um pedido de reconhecimento de que, entre a guerra total e a legalização, existe uma gama ampla de opções que vale a pena explorar”.