Grécia vai às urnas em eleição decisiva
Se as pesquisas estiverem corretas, o país deverá eleger o primeiro partido anti-austeridade na zona do euro
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Se as pesquisas estiverem corretas, o país deverá eleger o primeiro partido anti-austeridade na zona do euro
A Grécia vai às urnas neste domingo numa eleição que poderá levar o país a renegociar os termos de seus acordos de resgate com credores internacionais.
Se as pesquisas estiverem corretas, o país deverá eleger o primeiro partido anti-austeridade na zona do euro. O líder do Syriza, de extrema esquerda, Alexi Tsipras, quer que parte da dívida grega seja perdoada e que medidas de austeridade sejam revogadas.
Isto tem deixado investidores e o mercado financeiro em alerta, e alimentado temores sobre uma possível saída grega da zona do euro.
Já o partido Nova Democracia, do premiê Antonis Samaras, diz que o país está conseguindo equilibrar seu orçamento e a economia está se recuperando. A campanha é baseada no lema de “manter o rumo” e a promessa de tirar a Grécia do programa de resgate. Ele é o candidato apoiado por Bruxelas e Berlim.
Há cerca de 10 milhões de eleitores aptos a votar, que elegerão o Parlamento, de 300 integrantes.
A Grécia enfrentou uma série de cortes em troca de um socorro com 240 bilhões de euros da União Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional. Mas a economia encolheu 25%, um número sem precedentes na era moderna. O país viu o desemprego disparar e milhares de gregos caíram à pobreza.
Muitos gregos acreditam terem sido colocados num laboratório de austeridade – em troca do socorro, a Grécia teve de aceitar um programa drástico de cortes de gastos públicos e aumento de impostos.
A taxa de desemprego, depois de cinco anos, é de 26% (cerca de 50% para os jovens). A classe média se sente maltratada, com muitos desgastados pelos anos de cortes. Eles parecem dispostos a apostar no Syriza, apesar do risco de que uma vitória de Tsipras poderá levar o país a um confronto com seus credores.
Mas há algumas notícias positivas. O país tem superávit orçamentário e já não está em recessão. As receitas de turismo estão em alta e a Grécia tem um impressionante número de empresas start-up em tecnologia.
‘Humilhação nacional’
Tsipras, do Syriza, é jovem – tem 40 anos -, dinâmico, carismático, e promete um fim ao que chama de “humilhação nacional”. Ele acredita que o pacote de austeridade é um desastre não apenas para a Grécia mas para a Europa e promete renegociar os acordos de resgate e reestruturar a dívida, que atualmente corresponde a 175% do Produto Interno Bruto (PIB).
Diz ele que agirá desde o primeiro dia para aumentar o salário mínimo, restaurar a eletricidade onde ela foi cortada e oferecer cobertura de saúde para os desamparados. É um programa ambicioso, e críticos duvidam que ele poderá cumpri-lo, segundo o editor de Europa da BBC, Gavin Hewitt.
“A desesperança pode decidir essa eleição. Há, no entanto, pouco apetite para abandonar o euro ou a UE. A maioria dos gregos quer ficar no clube europeu. Eles temem estar do lado de fora”, disse Hewitt.
O Syrisa é o primeiro partido anti-austeridade da zona do euro. Se for eleito, outros partidos de extrema-esquerda europeus podem ganhar fôlego, como o Podemos, na Espanha.
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Previsão indica chuvas e ventos em MS nesta sexta-feira
Monitoramento informa chance de chuva acompanhada com queda de granizo
Depois de ingerir ‘kit de vodca com energético’ e empinar moto, rapaz cai e acaba preso
Acusado estava embriagado e utilizou uma faca
[ BASTIDORES ] Gripe quase impediu leitura de ‘lista centenária’
Férias estão entre os assuntos quentes dos parlamentares
Milei pode ser ameaça a direitos trabalhistas em acordos do Mercosul
O peso da China O PT quer impor regras de respeito aos direitos trabalhistas, direitos humanos e sindicais via Conselho do Mercosul. O Brasil aguarda, preocupado, a proposta de agenda da Argentina para o bloco, que presidirá o Conselho no 1º semestre de 2025. O presidente Javier Milei não nutre nenhuma simpatia pelo Mercosul e…
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.