Estados Unidos retiram 100 soldados do Iêmen por falta de segurança

A decisão foi tomada após os ataques de sexta-feira que deixaram pelo menos 137 mortos

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A decisão foi tomada após os ataques de sexta-feira que deixaram pelo menos 137 mortos

Os Estados Unidos resolveram tirar 100 soldados de operações especiais no Iêmen, país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia, informou a rede CNN. A retirada já estaria em curso. A decisão foi tomada após os ataques de sexta-feira (20) que deixaram pelo menos 137 mortos e mais de 350 feridos, em Sanaa, capital do Iêmen.

As tropas norte-americanas eram responsáveis pelas operações contra o braço da Al Qaeda que atua na região. No mês passado, os Estados Unidos fecharam sua embaixada em Sanaa, devido à tomada de poder da capital pelos houthi.

Braço da facção sunita no país, o EI (Estado Islâmico) reivindicou a autoria dos três atentados da véspera contra mesquitas xiita, frequentadas por apoiadores dos houthis. Para o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, contudo, não há indícios de participação deles no ataque, e o fato de chamar a culpa para si seria apenas com intenções de “propaganda”. O EI também assumiu o ataque a museu na Tunísia nesta semana, que deixou 21 mortos e muitos feridos.

O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansur Hadi, pediu neste sábado (21) que os houthi deixem a capital, e disse que deve instalar uma bandeira nacional no quartel-general do grupo miliciano, em Saadeh. O mandatário estava sitiado desde janeiro pelos rebeldes. Renunciou em setembro e ficou em prisão domiciliar, mas retirou o pedido de renúncia no dia 21 de fevereiro, anunciando que permaneceria como chefe de Estado.

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