Depois de vários boatos nas últimas semanas, Mark Zuckerberg, durante o Connect desta quinta-feira (28), anunciou que a empresa que administra as plataformas do Facebook, incluindo o WhatsApp e o Instagram, agora se chamará “Meta”.

O novo nome faz parte de um movimento de reformulação de marca semelhante ao feito pelo Google em 2015, quando criou a Alphabet para gerenciar as empresas da gigante das buscas.

“Somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar. Juntos, podemos finalmente colocar as pessoas no centro de nossa tecnologia. E, juntos, podemos desbloquear uma economia de criadores muito maior”, disse Zuckerberg na apresentação. “Para refletir quem somos e o que esperamos construir”, completou.

Vale ressaltar, contudo, que a rede social continua se chamando Facebook, o novo nome Meta é para a companhia “mãe” das plataformas.

O nome Meta já vinha sendo bastante especulado devido as inúmeras menções de Zuckerberg ao “metaverso”, que unirá diferentes plataformas e ferramentas do Facebook.

No início deste ano, o Facebook formou uma equipe dedicada a construir um metaverso e, apenas alguns dias atrás, falou sobre abrir 10 mil para pessoas “altamente qualificadas” em toda a União Europeia nos próximos cinco anos, com o objetivo de focar em suas experiências de realidade virtual aumentada.

O momento em que isso ocorre não é ao acaso. O Facebook está enfrentando diversos questionamentos das autoridades sobre a forma como lida com infratores e fake news. Isso foi potencializado com o recente vazamento de documentos confidenciais da empresa por uma ex-funcionária.

Prós e contras da mudança

Mas será que a mudança de nome é suficiente para aliviar a barra do Facebook com o público? Segundo o site Olhar Digital, que conversou com Patrícia Dalpra, fundadora da PD Gestão de Imagem e Carreira, a mudança não é suficiente para resolver os problemas de reputação do Facebook.

Ela precisa vir acompanhada de outras medidas para surtir efeito. “Uma mudança de marca precisa vir seguida de uma série de estudos e ações que vão além do nome, principalmente quando falamos de uma marca que tem forte rejeição com relação ao seu comportamento e à sua reputação”, explicou.