Folhetim entra no lugar de ‘A Força do Querer’

Depois de acompanhar os eletrizantes acontecimentos de “A Força do querer”, trama de Gloria Perez que se tornou um fenômeno de repercussão e elevou a audiência da faixa das 21h da Globo, o público será apresentado ao “épico romântico vingativo” criado por Walcyr Carrasco. É dessa maneira que o autor de “Verdades secretas” (2015) e “Êta mundo bom!” (2016), dois sucessos recentes da televisão, define “O outro lado do paraíso”, nova novela que estreia amanhã.

“A trama terá a estrutura clássica do folhetim. Mas a ideia é fazer esse épico romântico com temas da atualidade”, contou Carrasco, que abordará questões como violência contra a mulher, nanismo, racismo, homofobia, assédio moral, abuso sexual e frigidez.

Com direção artística de Mauro Mendonça Filho e direção geral de André Felipe Binder, “O outro lado do paraíso” tem como temática central a lei do retorno, a crença de que um dia a justiça chega para todos. A história se passará no Tocantins e vai explorar a beleza dos cenários naturais do Jalapão, terra de homens brutos e mulheres que querem dar um basta no machismo vigente.

“Trabalhamos em cima de um realismo, mas há uma certa fantasia nesse universo que criamos. Tentamos fazer algo original com referências que vão desde “Paris, Texas” (1984), na parte visual, até “Kill Bill”. Nossa mocinha volta depois de um tempo confinada com o desejo de vingança”, acrescenta Mauro Mendonça Filho.

Nova novela 'O Outro Lado do Paraíso' promete personagens femininas fortes

De olho na jazida de esmeraldas localizada nas terras de Josafá (Lima Duarte), avô de Clara, Sophia irá orquestrar uma armação contra a nora: a malvada interna a mocinha num hospício por dez anos. Sophia também irá maltratar a filha caçula, Estela (Juliana Caldas), que é anã.

Após ser vista num papel cômico em “A lei do amor” (2016), Grazi Massafera mostrará seu lado negro como Lívia, outra filha de Sophia. A atriz diz que o grande sonho da personagem é ser mãe. Ela acabará criando o sobrinho Tomaz (Vitor Figueiredo) quando Clara for internada.

Amiga de Clara, a personagem da atriz Érika Januza, Raquel, será vítima de racismo quando for trabalhar na casa do juiz Gustavo (Luis Melo) e de sua mulher, Nádia (Eliane Giardini). O casal preconceituoso não vai aceitar o relacionamento de Raquel com um de seus filhos, Bruno (Caio Paduan). Elisabeth, personagem de Gloria Pires, sofrerá assédio moral do sogro, que quer vê-la longe de seu filho. Já o psiquiatra Samuel (Eriberto Leão) fará de tudo para esconder sua homossexualidade, vivendo em conflito por conta de sua condição.