Vinte e seis anos de precisam ser comemorados e o Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática finaliza a temporada de festejos com apresentações entre os dia 8 e 11 de agosto. As apresentações acontecem às 20h no Teatro Prosa do Sesc Horto. A entrada é um quilo de alimento não perecível e os ingressos podem ser retirados meia hora antes do início de cada espetáculo

Grupo Teatral Palco finaliza temporada de comemoração aos 26 anosA temporada de comemoração contemplou 4 espetáculos de seu vasto repertório, totalizando 12 apresentações. Para o fechamento, no dia 8 de agosto o Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática irá apresentar “O Diário de Madalena” e, nos dias 9, 10 e 11, o espetáculo “Rubens Corrêa – Um grande Artaud de Aqui…”.

A Temporada conta com financiamento do /SECTUR/Prefeitura Municipal de e apoio do SESC.

O Grupo Teatral Palco Sociedade, que já recebeu mais de 40 prêmios em Festivais, várias menções honrosas da Câmara Municipal de Campo Grande e Assembleia Legislativa de MS, aposta na cultura regional e formação de plateia, trazendo como marca em seus trabalhos a crítica social. Para isso, faz com que o público reflita sobre os problemas sociais.

Seja na comédia ou no drama o grupo busca com sua dramaturgia própria debater temas mais ácidos e para isso escolheu comemorar os 25 anos de criação completados em 2017, com uma Temporada com seus trabalhos mais emblemáticos: O Escurial, Pobre Diabo Louco e Seu Discurso Para Moscas, O Diário de Madalena e Rubens Corrêa- um grande Artaud de Aqui…

O Diário de Madalena

8 de agosto às 20h
Entrada: 1 quilo de alimento não perecível

Escrito e dirigido por Espedito Di Montebranco, que também atua ao lado de Bruno Moser e Jurema de Castro, o espetáculo propõe em cena o resultado de alguns estudos acerca da violência contra a mulher, narrando a história de uma família composta por três pessoas. Severo (o pai) e dois filhos, Sabiá e Madalena moram no pantanal de Mato Grosso do Sul sem contato com outras pessoas e meios de comunicação. Enquanto Severo está na cidade a procura de socorro médico a esposa morre e os dois filhos menores são obrigados a enterrá-la próxima da casa onde moram. A partir da morte de Jurema a família sofre uma desestruturação e o pai acaba vendo na filha Madalena a figura da esposa, terminando por abusar sexualmente da mesma.

Grupo Teatral Palco finaliza temporada de comemoração aos 26 anosNasce aí um conflito entre eles. O irmão Sabiá tem conhecimento das atitudes do pai, mas ao mesmo tempo em que tenta salvar a irmã, acaba também se perturbando, pois sofre a violência do mesmo.

Em “O Diário de Madalena”  a poesia é o fio condutor do espetáculo onde a dramaturgia ao mesmo tempo permeia entre o poético e o brutal, com os personagens caminhando entre o real e o imaginário, despertando a sensibilidade em cada um e propondo uma reflexão maior para  uma realidade mundial, a violência sexual causada à mulher e principalmente à criança.

No meio do pantanal de Mato Grosso do Sul na região de Nhecolândia está uma casa simples isolada do mundo onde apenas o cantar dos pássaros quebra a monotonia do lugar.

“Dois adolescentes em desespero. Um pai autoritário e violento. Um rádio, única forma possível para se ouvir outra voz humana que não a deles…Um livro chamado de “Diário” onde Madalena mergulha sua solidão e explora suas angústias…As palavras soltas voando pelos cantos da casa a procura de um abrigo para se tornarem vivas. A poesia dos pássaros, das árvores, das águas, do vento, do poeta Manoel de Barros e Augusto dos Anjos…

Rubens Corrêa, um grande Artaud de Aqui

9, 10 e 11 de agosto às 20h

A peça mostra um pouco da vida e obra deste grande ator nacional e sua paixão pela obra do poeta e escritor Antonin Artaud, buscando colocar em cena as lembranças dele em Aquidauana, o internato no RJ, a paixão pelo teatro, por interpretar loucos, velhos e tarados.

A dramaturgia é organizada com trechos  de obras de Artaud, roteirizado e encenado pela lendária dupla de sócios do Teatro Ipanema do Rio de Janeiro, o ator Rubens Corrêa e o diretor Ivan de Albuquerque no final dos anos 1980 e conta ainda com colagens de textos de William Sheakespeare, da obra Hamlet e ainda textos do ator, dramaturgo e diretor Espedito Di Montebranco.

Grupo Teatral Palco finaliza temporada de comemoração aos 26 anosA peça mostra um pouco da vida e obra deste grande ator nacional e ao mesmo tempo sua paixão pela obra do poeta e escritor Francês Antonin Artaud, buscando colocar em cena as lembranças de Rubens Corrêa em Aquidauana, o internato no Rio de janeiro, a paixão pelo teatro, a descoberta de sua paixão por interpretar loucos, velhos e tarados e a paixão pela obra de Antonin Artaud, quando o ator  passa a interpretar trechos adaptados da obra em um dos hospitais psiquiátricos onde ele esteve internado no fim de sua vida, falando sobre o teatro, sobre sua forma de ver o mundo, a psiquiatria e sobre Van Gogh, a loucura e a liberdade.

“A morte é para mim um fenômeno compreensível, totalmente aguardada, minha relação com ela é tranquila”, citou Rubens Corrêa, em uma entrevista ao Jornal do Brasil dois meses antes de morrer em 1996 vítima da Aids. Essa relação conturbada na infância, quando sentia-se perseguido por todos os fantasmas e que piorou mais ainda quando aos sete anos perdeu o pai e o mesmo virou um fantasma maior  que Rubens via no portão de casa tentando entrar a força é um dos argumentos utilizados na peça.

Rubens Corrêa – nasceu em 1931 na cidade de Aquidauana e tornou-se ator e diretor de relevância no cenário nacional.  Sua interpretação trouxe elementos peculiares aos princípios enunciados por Antonin Artaud, privilegiando personagens de alta densidade dramática, fora das convenções realistas ou das comédias ligeiras, atuando em 28 espetáculos teatrais, dirigindo 20 peças, fez 15 novelas e 10 filmes.


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