O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) autorizou que Wesley Safadão volte a usar o jatinho de luxo que havia sido apreendido e bloqueado na última semana por conta do impasse sobre a propriedade da aeronave. O jatinho foi pedido em uma ação movida por um grupo de investidores lesados pelo empresário Francesley da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, para ressarcimento das dívidas.

A nova decisão é resultado de um recurso de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, interposto por WS Shows, empresa de Safadão, que solicitou ao TJ-PR que a aeronave seja mantida no Hangar da TAM, onde se encontra.

Na ação, o de direito substituto em 2º grau, Evandro Portugal, aceitou os argumentos apresentados pela empresa, como os custos elevados da da aeronave, o que poderia acarretar uma deterioração precoce. Também foi alegado pelo Tribunal que “o transporte é indispensável para o cantor realizar as suas atividades profissionais”.

Vale lembrar também que o cantor e seus sócios financiaram a compra da aeronave de luxo e quando ela havia sido apreendida, em nota enviada ao Estadão, a assessoria do cantor disse que ele foi “mais uma vítima dessa operação” e foi “surpreendido pela decisão”. O artista passou o em Orlando, nos Estados Unidos, com sua família e não comentou sobre a atualização do caso.

Quem é o ‘Sheik dos Bitcoins'?

Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, é investigado por ser suspeito de comandar uma organização criminosa de fraudes com criptoativos no Brasil e no exterior. Em novembro, durante a Operação Poyais, a polícia concluiu que o grupo também confeccionava e comercializava plataformas e sistemas virtuais para terceiros interessados na prática de crimes semelhantes. Atualmente ele está preso.