Após confessar o assassinato da atriz Daniella Perez, Guilherme de Pádua tentou provar sua inocência mostrando seu pênis para a polícia em 1992. Ele se arrependeu de ter assumido a autoria do crime e tentou se colocar como vítima da história e como um herói em nome do amor por sua então esposa, Paula Thomaz. É o que relata José Muiños Piñeiro Filho, promotor do caso e hoje desembargador de Justiça, à série “Pacto Brutal”, que reconta o assassinato.

Guilherme inventou que Daniella tinha interesses sexuais nele, já que os dois contracenavam como par romântico na novela “De Corpo e Alma, e que ele não estava correspondendo às suas investidas, declarando ainda ser muito apaixonado por sua esposa Paula, que estava de quatro meses.

“Ele quis se apresentar nesse primeiro momento como aquele homem heroico, que estava se sacrificando pela mulher que estava grávida, com quem ele vivia muito bem a ponto de se tatuar com o nome dela. Ele se oferece pra mostrar o pênis dele, porque tinha uma tatuagem, numa declaração de amor à mulher. E ao meu ver, eu estou convencido, ele queria já ali insinuar o envolvimento da mulher”, afirma o desembargador.

Pádua havia tatuado o nome de Paula em seu órgão genital. A investigação comprovou que ela também participou do crime. A história sobre o assassinado de Daniella é recontada com detalhes na série documental “Pacto Brutal”, que estreia nesta quinta-feira (21) na HBO Max. Os assassinos condenados não foram ouvidos.