Intervenção na José Antônio vai além da cor no asfalto e promete reinventar corredor gastronômico
Para fomentar o novo corredor gastrônomo da cidade, na rua José Antônio, a via recebeu uma intervenção temporária, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos campo-grandenses. Entre os empresários, o projeto que vai muito além do que cores no asfalto parece trazer uma nova perspectiva para o endereço, […]
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Para fomentar o novo corredor gastrônomo da cidade, na rua José Antônio, a via recebeu uma intervenção temporária, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos campo-grandenses. Entre os empresários, o projeto que vai muito além do que cores no asfalto parece trazer uma nova perspectiva para o endereço, atraindo a atenção de moradores e de quem passa pelo local.
Rodrigo Hata, de 39 anos, é proprietário de um bar e restaurante da região, e presidente da associação de empresários da rua José Antônio. Para ele, o fato de ser um projeto colaborativo faz todo o diferencial na hora da execução. “Não vieram quebrando, estão ouvindo a nossa opinião, é um projeto baseado no que foi ouvido e medido”, detalhou.
O comerciante reforça que ainda é muito cedo para falar em retorno econômico, mas desataca que a iniciativa é inovadora e irá ampliar o seu público alvo. “Para a gente está sendo bem válido, fomenta o comércio e chama a atenção de quem passa. Vai ter um bicicletário, vamos investir nesse público e instalar uma estrutura de carregadores, para quem utiliza patinete elétrico”, revelou.
Em um mundo pandêmico, mesas ao ar livre garantem mais segurança ao consumidor, para o empresário, o alargamento da calçada em razão da pintura no asfalto vai trazer benefícios, dando mais espaço e comodidade para atender o público. “Estamos perdendo em estacionamento, mas ganhando uma solução para outra demanda, muitos clientes já procuram mesas ao ar livre devido ao coronavírus”, finalizou.
Para quem trabalha durante o dia
Para quem trabalha durante o dia, a alteração na paisagem da rua também é vista com bons olhos. “Fora a questão visual, vai trazer espaço para as pessoas ficarem à vontade”, disse a proprietária de um restaurante de comida Brasileira, Lisandra da Silva, de 46 anos.
Com seu empreendimento funcionando das 10h às 14h, a proprietárias afirmaram que o projeto está gerando curiosidade em quem passa pela rua. “É um chamativo, as pessoas param para olhar o que antes não era observado”, explicou.
Segurança no trânsito é sempre um fator determinante em qualquer grande cidade, para Lisandra, após a implantação do projeto foi possível perceber uma mudança no comportamento dos motoristas. “Os carros são obrigados a diminuir a velocidade, isso aumenta a segurança”, finalizou.
Plano de expansão
No âmbito musical, o proprietário de um bar de rock também acredita que o projeto irá trazer benefícios para o comércio. “Achei excelente, vou conseguir atender a galera lá fora e evitar aglomeração”, afirmou Antônio Marcos, popularmente conhecido como “Barba”.
A inciativa também beneficiou os planos de expansão do empresário, que acredita em um aumento no fluxo de pessoas. “Com certeza vai aumentar o movimento, tenho o projeto de começar a atender com mesas e colocar uma cozinha”, explicou.
Como consequência do projeto, Antônio reforça que o fator mais espaço irá garantir biossegurança e comodidade para o público. “O campo-grandense gosta de ficar na área externa do bar, em vez de todos ficarem juntos, vão poder sentar com distanciamento”, finalizou.
Implantação
O projeto é financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com apoio da Prefeitura, e faz parte da segunda etapa do Reviva Campo Grande. O corredor gastronômico abrange 15 quadras da rua José Antônio, nela, foram implantados três bolsões de convívio.
O projeto entrou na fase de teste nesta sexta-feira (11), com avaliação de 30 dias. Até o momento, a via já recebeu o prolongamento da calçada, bancos, bicicletário, parklet e 900 mudas de 7 espécies de árvore. Além disso, será instalado uma pequena academia de ginástica a céu aberto.
Contratada pelo BID para fazer o levantamento físico e implantação do projeto, a Arquiteta e Urbanista, Mayara Souza da Cunha, de 32 anos, ressalta o modelo colaborativo da intervenção .“Após o período de teste, serão feitas entrevistas com comerciantes, moradores e usuários, essas informações vão gerar um relatório para entender quais atividades deram resultados positivos e quais foram negativos. O que foi positivo será incorporado ao projeto da rua em 2021, só vamos fazer o que a população e os comerciantes gostarem”, explicou.
O quadrilátero central, que vai da Avenida Calógeras até a rua José Antônio, e da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso, vai passar por um processo de revitalização que inclui obras menos complexas, sem embutimento da rede, por exemplo. A partir do próximo ano, começam as atividades nas vias, que preveem: instalação de mobiliário urbano, padronização de calçadas, paisagismo, recapeamento, iluminação em LED e Wi-fi.
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