Desde a quinta-feira (26), a rua José Antônio foi modificada para se tornar um novo corredor gastronômico e cultural de , até o momento, as esquinas com a rua Barão do Rio Branco e Marechal Cândido Rondon receberam as cores do projeto. O objetivo é testar temporariamente os novos espaços de convivência, e receber a opinião da população sobre o que é mais viável para os espaços urbanos, em tempos de .

O projeto é financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com a cooperação técnica da prefeitura, Campo Grande foi a única cidade brasileira a participar do projeto.

As intervenções são de curto prazo e baixo custo, e basicamente são alargamentos de trechos de calçadas para gerar pequenos “bolsões de permanência” que possam ajudar nas dinâmicas tanto dos comércios e serviços da região, como na relação das pessoas moradoras e visitantes da área, funcionando como pequenos pontos de encontro e desfrute ao ar livre.

Foram escolhidas três cidades do continente sul americano: Montevideo (Uruguay), Buenos Aires (Argentina) e Campo Grande (Brasil), nas quais o BID já tinha operações, para testarem soluções de Urbanismo Tático, muitas delas já sendo testadas como respostas à pandemia em cidades do hemisfério norte.

Neste contexto foi montada uma equipe de consultoria com agentes externos e agentes locais, responsáveis pela coordenação no terreno. Esta equipe está trabalhando numa cooperação técnica com as diferentes Secretarias do Município em um processo colaborativo com todos os setores da sociedade pegando como base a Rua José Antônio, que em maio deste ano teve uma lei aprovando um novo Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural em quinze das suas quadras.

“Em meio à pandemia do as cidades estão sofrendo muitos impactos, e o LAB Ciudades (setor da Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID) resolveu testar alternativas de intervenções urbanas para ajudar a reativar as economias no contexto de distanciamento físico e também para o momento de retomada, nos cenários futuros pós pandemia. Em setembro iniciamos um processo aberto com a presença de representantes da Administração Pública, das Universidades, das pessoas moradoras e da Associação de Comerciantes da José Antônio, fazendo pesquisas, levantamentos, entrevistas e oficinas que foram a base de um diagnóstico para o uso dos espaços públicos do Corredor. Tudo isso será monitorado para gerar dados parte de um relatório que será entregue para a Prefeitura utilizar como Diretrizes Projetuais para a obra do ano que vem”, explicou Leonardo Brawl Márquez, Urbanista, membro do coletivo TransLAB.URB e consultor do BID no projeto Urbanismo Tático Campo Grande Corredor José Antônio.