Contação de histórias: a técnica milenar que pode ser usada na educação infantil
O ator Ciro Ferreira se aprofundou na contação de histórias e hoje dá cursos para profissionalizar educadores a usar a técnica na sala de aula
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Ouvir histórias fantasiosas para divertir a mente e dar asas à imaginação nos remete ao tempo de nossos avós. Hoje, com a cada vez maior facilidade de acesso à internet, as crianças as crianças estão cada vez mais vidradas nas telinhas e telonas. Para trazer à tona e reviver essa tradição, o ator Ciro Ferreira se aprofundou na contação de histórias e hoje dá cursos para profissionalizar educadores a usar a técnica na sala de aula.
A contação de histórias é uma das atividades mais remotas de que se tem registro na humanidade. Desde o início do desenvolvimento das suas habilidades de comunicação e fala, o ser humano conta histórias. Entre os povos ancestrais, elas promoviam momentos de união, confraternização e trocas de experiências, tendo um importante papel no processo evolutivo.
A prática provoca na criança o lado lúdico, característica muito importante para seu desenvolvimento. É no lúdico que a criança exerce criatividade e senso crítico. As crianças podem começar a desenvolver a imaginação, a criatividade, o gosto pela leitura e pela linguagem, criando empatia com os personagens.
A arte nas histórias
O ator Ciro Ferreira trabalha com o contar histórias de forma profissional há 15 anos com apresentações para escolas, eventos e shows e também capacitações para educadores. Também faz parte da Academia Brasileira de Contadores de histórias ABCH, com 42 representantes no Brasil e 2 membros no Mato Grosso do Sul.
“Eu venho do teatro, sou formado em artes cênicas, UEMS, comecei fazer teatro as 15 anos estudando na escola São José, em Campo Grande. Eu era muito gago e isso me ajudou a de desenvolver a fala, fui fazendo cursos até que participei do PROLER, há mais de 20 anos e me interessei pela arte da oralidade”, explica.
Nas capacitações para os educadores são levadas técnicas de jogos, dinâmicas e exercícios para o aprendizado, como trava línguas, parlendas, exercícios vocais, postura corporal e muita leitura. Segundo o contador, para contar histórias tem que ler muito, além dos livros, uma leitura da vida, dos movimentos humanos e assim construir saberes.
A contação de histórias pode ser confundida com a leitura compartilhada e com a mediação de leitura, mas são diferentes. A mediação de leitura e a leitura compartilhada são feitas com o livro nas mãos e mostrando os desenhos e uma espécie de bate papo. Já a contação de histórias, precisa ser decorada e trabalhar as imagens através das fala.
“Temos a Academia, várias associações, congressos, porém uma parcela ainda vê como uma atividade sem muito valor. Por isso é importante estar nos debates. As pessoas não são culpadas por isso, nosso papel é informar”, frisa o contador Ciro Ferreira.
Conscientização lúdica
As feiras nas praças são um ótimo caminho para popularizar a arte de contar histórias. Segundo o contador, esses eventos os colocam em contato com outros e são tecidas redes de informações para saber quais os caminhos que vamos buscados e quais temáticas a serem abordadas. A diminuição da depressão entre crianças é uma das principais motivações.
Uma das funções do contador de histórias, além de entretenimento, desenvolvimento percepção oral, do português, e também a função do aconchego, do lúdico/imaginação, é muito importante se perceber no conto e provocar a mudança de hábitos.
“Esse dias peguei um carro de aplicativo, falei que trabalho com Contação de histórias e brinquedos e brincadeiras pedagógicas. O rapaz falou da sua infância nas ruas, brincando nas enxurradas, no campinho de bola e disse que o enteado vive em depressão e passa dia e noite no quarto no celular. O adulto entrega o celular ao filho ao invés de fazer brincadeiras e leitura”, conta.
O contador de histórias ministra uma capacitação geralmente são professores, recreadores, bibliotecários e também de outras áreas como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos com público infantil, jovem ou adulto. São 08 horas aulas presencial além de um grupo online para envio de materiais teóricos, vídeos e troca de ideias.
Mais informações podem ser encontradas na página do instagram (@treinamento_para_educadores) ou pelo telefone (67) 9606-9839.
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