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Comportamento

Animais de Estimação e fogos de artifício: o problema que se repete em todo Réveillon

Não é a toa que o debate sobre a utilização de fogos de artifícios ruidosos ressurge em todo fim de ano: os relatos que narram acidentes envolvendo bichos de estimação, como cães, gatos, roedores e aves são supercomuns no primeiro dia de cada ano. E os tutores querem dar um basta. Isso porque estes animais, […]
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Não é a toa que o debate sobre a utilização de fogos de artifícios ruidosos ressurge em todo fim de ano: os relatos que narram acidentes envolvendo bichos de estimação, como cães, gatos, roedores e aves são supercomuns no primeiro dia de cada ano. E os tutores querem dar um basta.

Animais de Estimação e fogos de artifício: o problema que se repete em todo Réveillon
Campanhas nas redes sociais fazem apelo para que não usem fogos (Foto: Reprodução | Facebook)

Isso porque estes animais, geralmente, têm audição muito mais sensível e, diferente dos humanos, não “esperam” que uma barulheira comece a qualquer momento. Para piorar, é comum que eles estejam sozinhos em casa nas situações em que queimas de fogos acontecem, principalmente durante a noite de .

Por conta disso, são comuns relatos de tutores que decidem não curtir a noite do Réveillon para proteger os animais. Em , até as redes sociais contam com postagens nas quais os donos de animais imploram para que não estourem fogos de artifício.

Nada disso parece efetivamente surtir algum efeito, já que na tarde desta segunda-feira (31), lojas de fogos de artifício estavam lotadas de clientes e até filas se formaram por pessoas que aguardavam atendimento. Como fica, então, o bem-estar de quem sofre

Animais de Estimação e fogos de artifício: o problema que se repete em todo Réveillon
Até fila foi formada por clientes em busca de fogos de artifício na Capital (Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

com o barulho da virada do ano?

“Uma amiga já perdeu um ‘doguinho’, que sofreu uma parada cardíaca depois do susto dos fogos em 2016. Eu decidi fazer a festa aqui em casa porque não quero me separar dos meus gatos, que sempre ficam muito agitados”, revela a estudante de enfermagem Daniella Carvalho, de 20 anos. “Quando tem jogo de futebol ou qualquer coisa com fogos eles ficam apavorados, miam, saem se debatendo na parede. Não sei o que acontece, mas é como uma tortura para eles”, completa.

Atendendo a um pedido do Combea (Conselho Municipal de Bem-estar Animal), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) editou decreto no qual fogos de artifício que façam ruídos estão proibidos, sob risco de multa, em eventos oficiais – somente aqueles que fazem o show de luzes, mas que não emitem sons estão permitidos. Todavia, a medida não é suficiente para proteger toda a cidade, já que eventos particulares poderão utilizar os fogos que fazem barulho.

“O ideal seria se toda a cidade fosse protegida. Porque não são só os animais. Bebês e idosos também sofrem com isso. É uma barulheira desnecessária. Se existem os fogos silenciosos, por que não usar?”, considera Danielle.

Além do problema de animais que se machucam após os barulhos estridentes, o mais comum são as fugas. Com medo, é comum que cães e gatos busquem sair de onde estão na tentativa de se protegerem. “Por isso, todo animal precisa ficar protegido. A casa tem que estar trancada, o quarto com janelas fechadas

Acalmando seu pet

Existem muitas alternativas que podem amenizar os efeitos nocivos de explosivos em datas comemorativas, desde acompanhar o animal a fazer tratamentos homeopáticos com antecedência.

Animais de Estimação e fogos de artifício: o problema que se repete em todo Réveillon
Nas redes, tutores ensinam como fazer a faixa de compressão que – afirmam – ajuda a acalmar os animais (Reprodução | Pinterest)

“A homeopatia aumenta a tolerância e a sensação de segurança dos animais frente ao medo por barulhos intensos. O ideal é iniciar o tratamento antes das festas visando o preparo daqueles animais que já apresentaram histórico de estresse devido os fogos”, esclarece a médica veterinária e diretora da Sigo Homeopatia Veterinária Mônica Souza.

Segundo ela, caso ocorra algum tipo de ferimento devido o desespero do animal (alguns se machucam ao se jogarem em portas de vidros ou escalar muros e grades), deve-se entrar com um tratamento para traumas, também homeopático.

A faixa compressora também é uma dica que em meio ao caos pode funcionar, apensar de não haver relatos científicos que comprovem a eficácia (confira a imagem abaixo).

Outras medidas

– Manter seu pet em um local seguro e sem acesso à rua, evitando assim que fuja assustado.
– Colocar coleiras com plaquinha de identificação. Caso ele fuja, pode ser encontrado mais facilmente.
– Oferecer atenção e carinho para mantê-lo calmo.
– Evite deixar o animal sozinho durante a queima de fogos e sempre consulte o veterinário para que este profissional esclareça e oriente sobre outras medidas para tornar o período menos traumático.

– Enrole um chumaço do algodão de um tamanho considerável e coloque dentro do ouvido do pet. Cuidado para não enfiar muito fundo e machucá-lo. Ponha numa profundidade que o algodão fique firme e não caia.
– Mantenha as janelas e cortinas fechadas para que abafe um pouco dos sons dos fogos de artifício. Assim que passar o barulho pode abrir novamente.
– Se houver mais de um cachorro na casa é bom separá-los. Situações de estresse favorecem brigas e eventuais ferimentos.
– Jamais deixe-o amarrado. Na hora do medo pode se enforcar tentando se soltar.

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