‘Ela adora’: Anta que precisa aprender a ser anta, Melancia tem açude particular no Pantanal

Filhote de anta que se perdeu da mãe em meio aos incêndios do Pantanal, Melancia evita ao máximo se aproximar de humanos

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anta melancia
Anta Melancia quando se recuperava das queimaduras que sofreu nas patas – (Fotos: Reprodução, Onçafari)

Vítima dos incêndios que devastaram o Pantanal sul-mato-grossense durante o último inverno, a pequena anta Melancia está melhorando. Separada de sua mãe pelo fogo, a jovem antinha de 8 meses teve todas as patas queimadas e ficou impossibilitada de se equilibrar em pé. No entanto, após dois meses de recuperação, o animal que ainda precisa a aprender a ser anta apresentou melhora progressiva e já voltou a andar.

De acordo com a associação Onçafari, ONG que resgatou Melancia dos incêndios e realiza os cuidados da anta desde setembro, a pequena está com suas patas recuperadas. “Ela já consegue caminhar e correr sem dificuldades. É uma antinha selvagem que adora comer frutos e folhas nativas e que evita ao máximo a aproximação humana, detalha a instituição sobre a filhote.

Além disso, Melancia tem um açude só para ela, o que ajuda em sua recuperação, bem como na ambientação à natureza sem a mãe, figura fundamental para sua formação como anta.

“Ela foi transportada para o nosso recinto na Reserva Santa Sofia e agora tem uma área de 2500m² para explorar, além de ter um açude particular. Por ser ainda muito jovem, ela vai passar um longo período em reabilitação, desenvolvendo comportamentos que não aprendeu com a mãe, para que possa retornar à vida livre”, explica a Onçafari.

Veja imagens da anta Melancia reabilitada e do jovem Valente, ainda se recuperando

Anta Valente ainda não conseguiu se reerguer como Melancia

Diferente de Melancia, o filhote Valente, outra vítima das queimadas na região pantaneira, ainda não está pronto para parar com a medicação. Ele também teve as patas feridas pelo fogo e apresenta cicatrização mais lenta em comparação à Melancia.

Valente ainda tem certa dificuldade para se movimentar, mas segue em tratamento com medicamentos e pomadas cicatrizantes, além da assistência de nossos veterinários e biólogos”, esclarece a ONG.

Por enquanto, conforme a Onçafari, não há data prevista para a soltura de nenhuma das duas antas. Elas seguirão sob os cuidados de biólogos e veterinários da associação, até que estejam aptas a desbravar o Pantanal sem supervisão humana.

“Seguimos com toda a dedicação para que ambos possam voltar a viver saudáveis e livres na natureza, finaliza a instituição.

Relembre a história de superação a pequena anta Melancia, que, sem a mãe, precisa aprender a ser anta sozinha:

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