Em março de 2023, a família Martins saiu de com destino a praia em Itapoá (SC). No trajeto, eram inúmeras as máquinas de pegar bichinhos de pelúcia, mas, ninguém arriscou. Na volta, de tanto a netinha pedir, a costureira Kelly Martins, de 47 anos, tentou a sorte e aí veio o primeiro ursinho da pequena.

Nos últimos dez meses, ao lado do marido, o comerciante Nestor Martins, de 54 anos, o que era uma brincadeira se tornou hobby e, desde então, já pegaram cerca de 250 ursinhos, os quais são doados para crianças carentes da capital sul-mato-grossense.

“Eu cheguei em Campo Grande desta viagem e comecei a tentar, ao lado do meu marido. Após algumas vezes, passamos a pegar com mais facilidade. Aprendi a capturar mesmo e aí passo e já vou olhando as maquininhas. Aqui, neste mercado, por exemplo, venho sempre no horário de fechamento, umas nove e meia, dez horas. Quando está para fechar a gente vai”, contou Kelly.

Neta do casal no meio dos bichinhos de pelúcia. (Nestor Martins/Arquivo Pessoal)

Com tantos bichinhos, eles passaram a fazer doações. “Alguns vão para a Isabela, porque a gente pega e liga pra ela e ela pede. Agorinha mesmo peguei um e achei que era um gato, só que era um cachorrinho. E daí a minha filha pediu, ela ama cachorro, só que a gente vai guardando em casa e, em ocasiões especiais, levamos em bairros de periferia”, afirmou.

De acordo com Nestor, a doação mais recente ocorreu no Noroeste. “Nós paramos o carro, chamamos a criançada e fomos entregando. Elas ficaram doidas lá. Agora estamos guardando tudo em sacos e vamos doar na páscoa. Agorinha mesmo pegamos um coelhinho de pelúcia. E é engraçado que tem gente que fica horas tentando, não pega nada e a gente vai lá e, com dois reais, pega. Só que o contrário já aconteceu também, nem sempre a gente pega”, finalizou.

Veja aqui o “segredinho” relevado pelo casal: