‘Viúvos’ e ‘viúvas’ de Pantanal, moradores de MS fazem birrinha com Terra e Paixão
Ninguém reclamava de sotaque mineiro e caricato em Pantanal, com expressões inventadas, mas tudo em Terra e Paixão é alvo de críticas. Por que será? Confira:
João Ramos –
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Se em “Pantanal” tudo era mil maravilhas, “Terra e Paixão” mal começou e já é alvo das maiores críticas dos sul-mato-grossenses. Inclusive, em detalhes muito bem representados da cultura de Mato Grosso do Sul, ponto no qual o remake de “Pantanal” (2022) pecou consideravelmente. Desse modo, conforme apontado por internautas mais observadores, o comportamento de criticar até o que está bom traz à tona uma certa “birra” com a nova novela gravada no Estado.
Uma das principais críticas é em relação ao sotaque. Se ninguém reclamava do sotaque praticamente mineiro, inexistente em Mato Grosso do Sul, além de caricato na novela “Pantanal”, a prosódia de “Terra e Paixão” está incomodando (e muito) os sul-mato-grossenses. Por que será? “Eu não falo assim”, “Aqui ninguém fala desse jeito” e “Tá forçado esse sotaque”, são comentários que predominam nas redes sociais.
Ué? Quer dizer então que todo mundo fala “Aaara”, “Diacho”, “Quérimbora”, “Réiva”, “Flozô” e “Larga mão” num caipirês que ultrapassava a caricatura? Por que ninguém reclamava desse modo de falar inventado por “Pantanal” e distribuído erroneamente ao Brasil?
Em contrapartida, a preparação de “Terra e Paixão” está tendo o cuidado de reproduzir com fidelidade a maneira como os sul-mato-grossenses pronunciam as palavras e, ainda assim, não está agradando. Qual o motivo?
“Preferia o sotaque do Tadeu”
Houve, inclusive, uma preocupação em não estereotipar. E olha que a trama de Walcyr Carrasco tem mais liberdade poética por ser ambientada em uma cidade fictícia. Mas não, embora os artistas estejam empenhados em reproduzir o sotaque de MS e respeitem a forma como o Estado se comunica, para alguns moradores “órfãos” de “Pantanal” a representação não está nada boa.
“Ridículo esse sotaque forçado, tá caipira demais, aqui ninguém fala assim. Preferia o sotaque do Tadeu de Pantanal, larga mão”. Oi? Foi o que escreveu uma telespectadora do novo folhetim nas redes sociais. Então ela quer dizer que prefere o sotaque de Tadeu (personagem de José Loreto), forçado ao extremo, e não se reconhece ouvindo a prosódia de “Terra e Paixão”?
Bom, esse é o comentário geral. Diante de tantas críticas, um sul-mato-grossense rebateu e propôs uma reflexão em resposta: “Vocês já pararam pra se ouvir? O sotaque de ‘Terra e Paixão’ está bem mais fiel ao nosso. É o de Pantanal que não era igual, ninguém fala aquelas expressões tipo ‘ara’ e nem tem o sotaque mineiro daquele”. E ninguém reclamava… por quê?
MS inventado podia?
Outro ponto que diferencia “Terra e Paixão” de “Pantanal” é o cuidado com a representação da cultura de Mato Grosso do Sul. Se o remake da TV Globo resumiu tudo ao bioma e inventou um universo próprio que é aclamado até hoje pelos sul-mato-grossenses, “Terra e Paixão” criou uma cidade fictícia, mas tem se preocupado em mostrar direitinho os costumes do Estado.
O tereré, por exemplo, mal aparecia em “Pantanal”, e sempre que aparecia havia algum equívoco na representação. Já em “Terra e Paixão”, que também é ambientada em ares rurais, vemos uma guampa em quase todas as cenas e até o protagonista é tererézeiro.
Crenças locais verdadeiras também têm sido representadas no novo folhetim da TV Globo, e não tem nada a ver com o folclore de mulher virar onça e velho se transformar em sucuri, coisas da mente de Benedito Ruy Barbosa, criador da história de “Pantanal”.
“Viúvos e viúvas” de Pantanal
O ponto é: uma agrada por inventar um Mato Grosso do Sul, enquanto outra desagrada se preocupando em levar ao Brasil um pouquinho da cultura local. Existe uma explicação para isso? Com olhos atentos, internautas observam as críticas e também levantam a bola: “é birrinha, são as viúvas e viúvos de Pantanal”, disparou um rapaz, que teve comentário curtido por pessoas de todo o Brasil.
Será que é isso mesmo? Se for, esses “viúvos” ainda vão ceder à nova novela das nove ou permanecerão com a suposta birra até janeiro de 2024, quando o folhetim chegará ao fim? Até lá, tem muito chão e “Terra e Paixão” talvez consiga conquistar os órfãos da novelinha adaptada por Bruno Luperi.
Quem sabe…
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