O dia 7 de janeiro é lembrado, anualmente, como o Dia do Leitor. Nesta data, falamos e homenageamos as pessoas apaixonadas por literatura, ou seja, um bom livro. Mas, tal hábito ainda é pouco praticado, já que muitos preferem ficar no celular. Só que 2023 pode começar diferente, com o gosto por sentar e saborear as páginas…

Ao MidiaMAIS a pedagoga e professora, Maisa Colombo Lima, explica que a leitura proporciona o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional da criança. Desde cedo, ela ressalta a importância de inserir a leitura na rotina dos pequenos, dizendo ainda que o brasileiro lê, em média, apenas 2,5 livros inteiros por ano.

No caso desta pesquisa, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, aponta-se que o brasileiro lê, em média, 5 livros, porém, completa a leitura somente na metade deles. Para aumentar o índice, no entanto, é importante proporcionar o desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional da criança.

“Um adulto saudável se constrói com relações positivas na infância. Os pais devem estimular o interesse por livros quando a criança ainda é bebê, utilizando livros de banho ou pano, pois, além de uma forma de atenção e carinho, contribui para desenvolver o hábito da leitura na criança”, afirma Maisa.

Neste caso, quando o adulto lê para uma criança, está colaborando com o “desenvolvimento mental e do senso crítico, além de estimular a afetividade e criatividade, o que acaba diminuindo a ansiedade. Entre os aspectos positivos, estão, ainda, o enriquecimento do vocabulário e do conhecimento”.

Como escolher um bom livro?

Foto: Freepick/Divulgação
Foto: Freepik/Divulgação

Neste caso, ainda conforme a pedagoga, é necessário considerar o desenvolvimento psicológico da criança, o que não depende exclusivamente da idade. O nível de conhecimento, de domínio de leitura e o amadurecimento dela devem ser levados em conta na escolha.

“Existem cinco categorias que norteiam as fases do desenvolvimento psicológico da criança: o pré-leitor, o leitor iniciante, o leitor em processo, o leitor fluente e o leitor crítico”, detalha a pedagoga.

Veja as dicas da pedagoga:

  • Não adianta falar para os pequenos lerem se os pais vivem no celular. É necessário dar exemplo;
  • As crianças gostam de planejamento. Portanto, estabeleça um horário para a leitura;
  • Os livros precisam estar sempre à mão. Deixe-os à disposição conforme a faixa etária das crianças;
  • Deixe que os bebês e crianças maiores também explorem os livros, mudem as páginas e vivam um momento de descoberta;
  • Nunca imponha a leitura. Este é um momento que deve ser prazeroso e não um castigo;
  • Ao ler para uma criança, interprete a história. Dê vida aos personagens.

Quando surgiu a data?

O dia do leitor surgiu em 1928, em homenagem à fundação do jornal cearense “O povo”, pelo jornalista e poeta Demócrito Rocha.

Segundo a professora de psicologia, Beatriz Lobo, uma importante forma de desenvolver o hábito de leitura, desde muito cedo, é contar histórias, hábito que também fortalece o vínculo e as relações familiares, uma vez que ajuda a criança a associar emoções positivas à leitura e vivenciar trocas afetivas.

No momento em que os adultos lêem para as crianças, elas despertam para se tornarem leitoras à medida que crescem. “Conforme se desenvolve e passa a ler sozinha, a criança vivencia o prazer associado às histórias, e se beneficia da estimulação à imaginação propiciada pela leitura. A escola ocupa um lugar ímpar, que é de tornar essas atividades lúdicas, que possam facilitar a socialização e o desenvolvimento da leitura”, finalizou Lobo.