História escrita há 20 anos pelo escritor Marcelo Moreira Santos ganhou uma adaptação, feita pelo próprio autor. O livro “Nhecolândia” nasceu no início dos anos 2000, mas só agora foi oficialmente publicado com uma nova roupagem, trazendo a filha de Marcelo como uma das protagonistas.

A obra chama atenção por apresentar uma saga de heróis para crianças, mas em um cenário totalmente regional e encantado, no Pantanal da Nhecolândia. E tudo é feito em família: Marcelo escreveu a história, inseriu a filha na trama e a esposa e mãe Roberta Almeida ilustrou a capa.

“Nhecolândia” era publicado semanalmente em um jornal há quase 20 anos, em Campo Grande, com as ilustrações de Roberta e o texto de Marcelo. A filha Olívia, de 9 anos, ainda não existia. No entanto, o casal foi embora para Curitiba e o projeto acabou ficando para trás.

Uma nova “Nhecolândia”

Anos depois, em 2021, após publicar seu primeiro livro, Marcelo observou uma necessidade. Vendo Olívia muito tempo em casa por conta da pandemia, ele pensou que precisava publicar um livro de aventura, direcionado a esse público infantil, só que com temáticas regionais. Foi então que decidiram retomar o Nhecolândia.

“Adaptamos a história para uma outra faixa etária. Há 20 anos, era para crianças ainda menores, e agora o livro conversa com os pequenos de 8 a 11 anos”, conta ele ao MidiaMAIS. No meio do caminho, Roberta sugeriu: “por que você não coloca a Olívia no meio da história?”

E foi assim que a filha do casal se tornou uma das protagonistas, que narra as aventuras de três crianças tentando salvar a Nhecolândia em uma saga cheia de magia. “A gente tem o Guri, que é um pantaneiro, o Tupi, que é um indígena, e a Uly, que é o apelido da minha filha”, comenta.

“Trago todos os elementos do imaginário do Estado e também dessa região do Pantanal. Quando eu era pequeno e ouvia falar em Nhecolândia, eu pensava na Disneylândia, um lugar encantado. Então acabei fazendo uma fábula, um realismo fantástico, em que os animais falam com as pessoas”, explica Marcelo.

Pensado para a filha

O autor destaca ainda a importância da regionalização dos heróis. “Pensei todo para a minha filha, mas também me coloquei no assunto. Você tem que voltar a ser criança pra conseguir atingir esse público. Eu acho interessante a gente ter essa história de jornada de heróis com essa questão regional”, pontua o autor.

Já a ilustradora Roberta detalha ao Jornal Midiamax que a história criada há quase 20 anos era toda ilustrada na época. “Meu esposo reescreveu a história e adaptei a arte da capa. Levei cerca de 4 meses para fazer”, diz ela.

“Com a atualização da história, a personagem feminina entre os protagonistas se tornou a Uly, nossa filha de 9 anos, Olivia Constanza. Ela é inteligente, criativa, aventureira, ama paleontologia, ciências, robótica e matemática. Ilustra melhor que a mãe!”, finaliza Roberta.

Confira a sinopse de “Nhecolândia”, fábula vivida por três crianças que precisam cumprir missões e encontrar artefatos mágicos a fim de salvar o Pantanal da escuridão:

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