Jamais faça isso no Dia de Finados e não piore a situação para quem está vivendo o luto

Dia de Finados pode trazer à tona situações aterrorizantes para pessoas enlutadas. Veja o que não fazer para piorar

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
sepultamentos
Cemitério de Campo Grande – (Foto: Leonardo França/ Jornal Midiamax)

Dois de novembro, Dia de Finados, é a principal data em que familiares se reúnem para visitar e lembrar de seus entes queridos que já partiram. Essas reuniões de família na data alusiva aos que não estão mais entre nós podem, no entanto, trazer à tona situações aterrorizantes para aqueles que estão vivendo o luto.

Isso porque, ao falar de pessoas amadas que já se foram, é comum haver julgamentos e apontamentos gerais de familiares entre si – atitudes que causam mal-estar e acabam potencializando a dor de quem já está sofrendo com o sentimento da perda.

Portanto, em qualquer dia que seja, é importante não provocar situações que invalidam o luto alheio, especialmente na data feita para lembrar com carinho dos entes falecidos, 2 de novembro.

Situações aterrorizantes

Especialista em luto, a psicóloga Isadora Mattos elenca algumas situações que podem ser desesperadoras nessas ocasiões:

  • Aquelas em que pessoas espreitam (por apenas curiosidade) e julgamento;
  • Aquelas em que pessoas pensam ter bola de cristal e a certeza e como você deve se sentir;
  • Aquelas em que te aterrorizam pelo tempo em que você está de luto.

Conforme a psicóloga, toda pessoa que vive um luto passa por situações que invalidam a experiência, seja comentários diretos sobre como deveria estar vivendo, ou se sentindo; seja olhares e comentários que chegam até você de outras formas, mascarados de uma boa intenção.

Além dessas situações, Isadora também pontua que existem as dificuldades ao lidar com uma perda recente:

  • Questões burocráticas intermináveis (principalmente se você precisa lidar com isso sozinho);
  • Pressão externa para lidar com os pertences, quando você ainda não tem condições;
  • Retorno a uma vida “normal” quando você nem mesmo se reconhece mais.
Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Isadora Mattos| Terapia do Luto| Autoconhecimento (@isadoraj_psicologa)

O que fazer?

De acordo com a psicóloga, todas essas são situações aterrorizantes, que colocam os enlutados em estado de ansiedade para além do que a situação já pede.

“Se você está em luto e vive essas situações, sinto muito. Você não deveria ter mais esse acúmulo de coisas enquanto sente tanta dor. Pausar, respeitar, colocar uma coisa por vez em ordem e pedir ajuda é essencial”, orienta a profissional.

Para os que acabam cometendo as atitudes aterrorizantes, Isadora também tem uma orientação. “Agora, se você está do outro lado: da pessoa que apressa, que julga e que diz fazer isso por uma boa intenção, eu também sinto muito por você. Esses comportamentos evidenciam sua dificuldade em ser suporte e apoio em um momento tão delicado que é a perda. E você também pode buscar ajuda para essa dificuldade”, diz a psicóloga.

Dia de Finados

Em relação à data de Finados, Isadora ressalta que podem existir dúvidas. “De como viver esse dia, o que fazer… Pode existir pressão de outras pessoas sobre direcionar, dizer o que é certo e errado nesse dia”, avisa ela, abrindo espaço em suas redes sociais para quem quiser compartilhar mais da experiência do luto.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Isadora Mattos| Terapia do Luto| Autoconhecimento (@isadoraj_psicologa)

💬 Fale com os jornalistas do Midiamax

Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?

🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O anonimato é garantido por lei.

✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.