As gêmeas Andressa e Andrea Espíndola Moraes, de 38 anos, sempre tiveram contato com a dança. A irmã mais velha, que começou a praticar ballet com 3 anos, cresceu em meio a apresentações e lá estavam as caçulas prestigiando com a família. Aos 13, participaram de uma aula de street dance e já foram convidadas a participar do Grupo Funk-se, em Campo Grande.

“Fizemos esta primeira aula com o professor Édson Clair e já nos apaixonamos de cara, pelo estilo de dança, mais agitado, com músicas mais atuais e que faziam mais nosso gosto. Depois disto foram anos e anos de apresentações em diversos eventos, cidades, estados, sempre estudando estilos dentro do hip hop e conhecendo pessoas e professores que também eram apaixonados pela mesma arte que a nossa”, afirmou Andressa ao MidiaMAIS.

Gêmeas da dança em Campo Grande (Andressa Moraes, Arquivo Pessoal)

Nesta caminhada, que já dura 25 anos, as gêmeas participaram de famosos espetáculos, como “Ser tão na rua”, “Frágil ou o sentido da ruptura”, “Mosaico Urbano”, “Tem Trem?”, entre outros. “O que mais chamava atenção do público, com certeza, era o fato de sermos gêmeas e participarmos juntas do grupo. Se já éramos unidas por ser gêmeas, a dança com certeza nos uniu mais ainda”, relembrou Moraes.

Gêmeas da dança em Campo Grande (Andressa Moraes, Arquivo Pessoal)

No ano de 2006, as gêmeas se formaram em educação física, já com a certeza que queriam viver desta arte.

Doze anos depois, em meados de 2018, se despediram dos palcos, mas, jamais da dança.

“Com o incentivo do nosso eterno diretor Clair, começamos cedo a estudar e a trabalhar com este estilo e hoje podemos dizer que vivemos da dança. Trabalhamos por muito tempo juntas e sempre nos demos muito bem com o processo criativo, uma sempre acrescentava o que faltava na outra”, argumentou Andressa.

Gêmeas da dança em Campo Grande (Andressa Moraes, Arquivo Pessoal)

Atualmente, as irmãs estão em estúdio de danças diferentes. “Estou no Espaço de Dança Selma Azambuja e minha irmã no Estúdio de Dança Beatriz de Almeida. Há muitos anos, dentro de um estúdio de dança, trilhamos nossas vidas, fizemos faculdade na área porque despertou o nosso interesse e hoje temos a certeza que a dança transforma, principalmente pelos vários alunos que ensinamos, pelas várias histórias que passamos e sabemos o quanto é possível marcar alguém através da arte”, finalizou Moraes.

Veja uma das apresentações em que as ‘gêmeas da dança’ participam: