A Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande, é conhecida por ter muitos restaurantes e bares gourmets, às vezes, com um precinho mais salgado e que acaba intimidando quem só quer uma comidinha honesta e mais em conta, enquanto curtem um tempo entre amigos e família.

E foi pensando nisso, que o empresário Felipe Padilha, de 33 anos, resolveu investir em mais um restaurante na cidade, desta vez, em uma das regiões mais caras, a Rua Euclides da Cunha.

Dono do “Bifão da Coophasul”, agora Felipe quer popularizar a experiência gastronômica nesta região. Na fachada do estabelecimento, que está em reforma, está o aviso em um cartaz: “Estamos desgourmetizando a Euclides da Cunha! Não é pra ser bonito, é pra ser gostoso”, avisa.

Bifão da Coophasul/Arquivo Pessoal

Felipe explica que, embora a faixa pareça uma provocação, a ideia não é esta. A proposta é oferecer aos clientes, um lugar tranquilo e com comida boa, para que eles se sintam à vontade e possam ir de bermuda e chinelo.

“A faixa é explicando que a gente vai trazer mais sabor afetivo para o cliente. A gente vai trazer comidas mais tradicionais e que são comidas do dia a dia, no cardápio do brasileiro”, contou ao MidiaMAIS.

Segundo o empresário, “ninguém aguenta comer sushi e nem massa todo dia”, se referindo ao que é oferecido na região. E, muitas vezes, a pessoa só quer comer algo mais tradicional, como arroz, bife, mandioca e um bom vinagrete.

“É algo que está no cardápio, do campo-grandenses, que muitas pessoas comem todo dia, então, a ideia é abranger estes que querem comer algo mais tradicional e também perto do Centro”, explicou.

Além do bifão, porções variadas

No restaurante, Felipe conta que a ideia é fazer um “boteco de bifão” e também diferenciadas de pururucas, arroz biro-biro, arroz com alho frito, além de várias outras receitas que serão novidades no cardápio.

“A ideia é a gente abrir um pouco mais cedo, umas 16h30/17h, e pegar o pessoal do happy hour, que está perto dos prédios que trabalham em volta. É pegar o pai de família, as pessoas que moram ali perto”, explicou.

“A pessoa poder ir mais à vontade, com bermuda e chinelo. A ideia é a gente não deixar a pessoa se aprontar tanto para ir em restaurante, porque ele é bonito. É por isso que estamos desgourmetizando mesmo, deixando com mais cara de bar”, pontuou.

E sobre o lema curioso que o restaurante carrega, Felipe explica: “A gente está trazendo o sabor para comida, entendeu? A gente não vai trabalhar com pratos elaborados, porém, serão saborosos”, conta.

Sobre a inauguração, o empresário adiantou ao MidiaMAIS que a previsão é que ocorra em dez dias.

Espaço também traz o conceito das ‘dark kitchens’

Exemplo de ‘dark kitchen’. (Freepik/Divulgação)

Dark Kitchen ou “cozinhas fantasmas”, como são chamadas, são empresas de serviços de alimentação que atendem exclusivamente por entrega.

Desta forma, os clientes fazem os pedidos por telefone ou de maneira online. A novidade, que tem feito sucesso no Brasil, principalmente em capitais metropolitanas, estará também presente neste empreendimento.

“Na realidade eu quis trazer [a dark kitchen] porque eu tenho uma ideia de abrir o Hot Dog do Bem e, como lá no Bifão [do Coophasul] ainda não tem o delivery, algo que muita gente pede inclusive, eu vou funcionar nesta dark kitchen de imediato. E lá também vai funcionar o Hot Dog do Bem”, comentou.

Sobre o Hot Dog do Bem, o empresário conta que vai ser um prato com molho de tomate caseiro, além de opção com purê de batata e vinagrete, e pão vai ser pão francês gratinado com parmesão. Além disso, ele ainda “deixa no ar” a possibilidade de uma confeitaria no local.