Com recortes e criatividade, Dai aposta na colagem como item significativo de decoração

O hobby começou em 2020, mas logo se tornou profissão que leva arte para todos os cantos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
colagem Dai
Dai fez do hobby uma profissão. (Arquivo Pessoal)

Daienny Lima tem 33 anos e sempre adorou se reinventar e fazer da arte a sua maior forma de expressão. Mas, foi durante a pandemia que a colagem analógica passou de hobby para uma profissão.

1ª colagem feita por Dai, em 2020. (Arquivo Pessoal)

Tudo começou quando Dai decidiu testar suas habilidades na colagem e presentear uma amiga aniversariante. Ela já seguia o perfil de duas artistas que faziam este trabalho e resolveu criar sua primeira peça de forma bem intuitiva.

“Peguei um folheto de construção e um mostruário de loja de tinta e cortei para simular o granilite, que é uma técnica que eu sempre gostei. Minha amiga é arquiteta, então queria que tivesse essa referência”, explica. “Fiz a arte em um prato de acrílico. Ela amou e tem ele até hoje”, afirma.

E sem pretensão de profissionalizar seu recém-descoberto passatempo, ela postou o resultado da peça em suas redes sociais. Isso foi suficiente para que diversas pessoas se interessassem e fizessem uma encomenda.

“Eu não botava muita fé, mas o pessoal começou a encomendar. Minhas clientes da estética também começaram a pedir”, relembra. “Tenho uma cliente que tem uma parede inteira com peças minhas”.

Reconhecimento é o maior desafio da artista

Buscando retratar em seus trabalhos a dança, o corpo feminino, as músicas, política e mulheres fortes que ela acompanha, Dai pontua que o maior desafio da profissão é o reconhecimento.

“Todo artista precisa lidar com isso. É um misto de satisfação e insegurança. Acho que todo mundo que trabalha com arte tem essa sensação”, pontua.

Apesar disso, saber que sua arte se espalha pela cidade e dá um novo significado para o ambiente de seus clientes, é uma de suas maiores satisfações com a profissão.

Colagens feitas por Dai. (Arquivo Pessoal)

A colagem como contação de história

E seu trabalho vai além de estética e objeto de decoração. Ele também é um presente para quem busca eternizar um momento importante e significativo. Usando fotos enviadas por seus clientes, Dai faz colagens com a silhueta e detalha as peças com referências pessoais.

“Eu tenho uma cliente que me mandou uma foto dela com sua mãe e avó, que faleceu na pandemia. Ela disse que quando a mãe recebeu, ficou super emocionada”, lembra.

O trabalho de Dai pode ser acompanhado pelas redes sociais. É só clicar aqui!