VÍDEO: Noiva entra com ‘pais’ e usa gesto simbólico para representar a mãe em cerimônia

Noiva diz que igreja tinha data para a cerimônia somente no aniversário de morte da mãe. Desta forma, ela escolheu gesto simbólico para homenageá-la

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Foto: Redes Sociais/Reprodução

Vinte e três anos juntos e dois filhos. Ambos servidores públicos, união estável e harmonia em casa, porém, Keila Flores, de 41 anos, queria mais. O casamento religioso seria um último passo para família que já serve a Deus há muito tempo, atuando em uma igreja de Campo Grande. E no momento tão especial, a noiva escolheu um gesto simbólico para representar a mãe que tanto ama.

“Minha mãe faleceu no dia 17 de dezembro de 2015. E no meu casamento, quando fomos escolher a data, não havia outra a não ser 17 de dezembro, aniversário de morte da minha mãe. Coincidência? Não sei. Minha mãe sempre foi muito presente e especial para nós. Da mesma forma, o pai falecido do Roberto [noivo] também, então, quisemos homenagear os dois”, afirmou Keila ao MidiaMAIS.

Noiva e filhos presentes na cerimônia. Foto: Redes Sociais/Reprodução
Noiva e filhos presentes na cerimônia. Foto: Redes Sociais/Reprodução

Desta forma, ela entrou com o balão vermelho escrito o nome da mãe e o noivo, Roberto Guimarães, de 41 anos, com o balão azul, escrito o nome do pai.

Noiva perdoou pai e o convidou para a cerimônia

“Eu também decidi entrar com o meu pai biológico, meu padrasto e, claro, o balão simbolizando minha mãe. Meus pais se separaram quando eu tinha três anos. Meu padrasto me criou, a partir dos meus 5 anos. Recentemente, perdoei meu pai, então, entendi que ele também deveria entrar comigo”, contou a noiva.

Casal na saída da cerimônia, prestes a fazer homenagem. Foto: Redes Sociais/Reprodução
Casal na saída da cerimônia, prestes a fazer homenagem. Foto: Redes Sociais/Reprodução

Os filhos, fruto do amor do casal, também foram essenciais na cerimônia. “Minha filha de 22 anos foi a nossa dama de honra e meu filho, de 16, foi o pajem. Eles são a nossa história e representam os nossos 23 anos de casamento no civil e agora no religioso”, argumentou.

Aliás, o tempo todo o casamento conta a história do casal. “Nós escolhemos casar na comunidade que fizemos catequese, primeira comunhão, crisma e batizamos os nossos filhos. Nós participamos lá desde os 15 anos de idade”, ressaltou.

Detalhes do casamento. Foto: Redes Sociais/Reprodução
Detalhes do casamento. Foto: Redes Sociais/Reprodução

Casal fez discurso emocionado e soltou balões

Na saída da igreja, um discurso emocionado e ambos soltaram o balão, como se estivessem enviando ao céu o agradecimento a mãe e o pai, pela vida, pelo amor, por tudo. Já na festa, a alegria tomou conta e os padrinhos até “pagaram flexão de braço” ao noivo.

“Eu considero que o casamento foi lindo. Foi tudo perfeito, além das nossas expectativas. E ainda tivemos uma chuva antes de entrar na igreja, para nos abençoar. Já na cerimônia, a parte mais emocionante foi ver nossos filhos entrarem e também na hora de homenagear nossos pais. Foi difícil conter as lágrimas”, contou Flores, ainda emocionada.

Veja vídeo de alguns momentos do casamento:

Ao falar do casamento, o noivo comenta que a vida conjugal começou cedo e que, com a ajuda dos pais, atravessaram todos os percalços. “Nós nos conhecemos muito jovens e aí veio a nossa primeira filha. A gente não tinha muita maturidade para a situação. Nossos pais sempre nos auxiliando, nos ajudando e, desde muito cedo a gente trabalhou”, relembrou.

De início, Roberto fala que ele e a companheira trabalharam em inúmeros lugares, até conseguirem algo melhor. “Nossa casa foi construída aos poucos, por etapas e, graças a Deus, fomos tendo as nossas conquistas e aí veio o nosso segundo filho. Também tivemos ajuda dos amigos, concluímos a nossa casa e aí decidimos estudar, até que conseguimos passar em concursos públicos”, disse.

Casal vive nova fase ao lado dos filhos

Foto: Redes Sociais/Reprodução

Hoje, o casal vive uma nova fase. “Pensamos em dar um futuro melhor a eles e uma condição melhor para nós mesmos. E aí veio o sonho de casar na igreja, de receber a benção de Deus por tudo que ele tem feito por nós, apesar de tardio, mas, graças a Deus foi realizado. A maioria das pessoas estavam presentes, infelizmente, a mãe da Keila e o meu pai não, mas, nunca deixamos de homenageá-los”, lamentou.

Conforme Roberto, ambos tiveram presentes em todos os momentos.

“Eles nos orientaram muito em momentos de imaturidade e hoje, se estamos juntos, foi por intermédio deles. Eles nos explicavam como é a vida, que nem sempre são só flores, tem os momentos que dificuldade também, que fortalecem muito a união. E estar ali, ao lado dos nossos filhos, foi maravilhoso”, finalizou.

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