Quer ver raridades? Gilberto tem mais de 50 rádios e até quadro original de ex-presidente

É só chegar na frente do imóvel que o “túnel do tempo” nos direciona a lustres do século passado, máquinas de tear e até caixas de correio, extremamente pesadas e que eram fixadas ao chão antigamente

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(Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Nos últimos dois anos, em que abriu as portas de casa para mostrar raridades ao público, Gilberto Espíndola Garcia, de 65 anos, disse que convidou “10 mil e não foi nem 100”. Veja vídeo no final da matéria.

Caixa de correio é relíquia. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)
Caixa de correio é relíquia. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

No entanto, é só chegar na frente do imóvel que o “túnel do tempo” nos direciona a lustres do século passado, máquinas de tear e até caixas de correio, extremamente pesadas e que eram fixadas ao chão antigamente. “Me disseram que são da época do Dom Pedro”, comentou o aposentado.

E a varanda do imóvel, na Vila Carvalho, em Campo Grande, é somente “um gostinho” do que é possível encontrar no interior, distribuído em cinco ambientes.

Construído aos poucos, desde que Gilberto viu a primeira antiguidade em um feira do ramo, no Rio de Janeiro, no ano de 2013, hoje o acervo é gigantesco e chega a ter 50 rádios antigos em um quarto, dezenas de telefones e inúmeras outras raridades.

Gilberto envolto em suas raridades. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)
Gilberto envolto em suas raridades. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Portas do minimuseu foram abertas ao público em 2020

Mas foi só em 2020, quando Gilberto já havia se instalado na capital sul-mato-grossense, que as portas do minimuseu foram abertas ao público.

“Eu vim para cá e logo depois, infelizmente, perdi parentes para a covid, entre eles a minha mãe. Um irmão também, que iria me ajudar a arrumar as coisas, ficou doente, então, tive que arrumar muita coisa sozinho. Hoje já tenho tudo um pouco mais organizado, com monitoramento de câmeras e uma pessoa que me ajuda a limpar”, contou ao MidiaMAIS.

Desta forma, ao chegar na casa, as pessoas se encantam já na entrada. Na sala que ele chama de minimuseu, a magia fica ainda maior: rádios, vitrolas, garruchas, máquinas fotográficas de 1910, 1920 e 1930, além de telefones, quadros originais, um deles inclusive com a assinatura de um ex-presidente e raridades de máquinas de escrever de 1895, entre outras, e bonecas de porcelana estão à disposição, para serem apreciadas.

Gilberto mostra documento de mais de um século. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)
Gilberto mostra documento de mais de um século. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

“Quase tudo o que tem aqui, 80% eu digo, funciona. Até os ventiladores antigos, eu testo todos. Os rádios funcionavam todos, porém, com o fim da sintonia AM para dar lugar ao 5G, grande parte perdeu a sintonia. E pegava nas fazendas, então, muita gente vinha procurar por isso. Os televisores também, tem com pé, sem pé, de tubo, mostrando toda a modificação que tiveram”, explicou Gilberto.

Dono de raridades alia antigo com moderno para atender encomendas

Recentemente, aliando o antigo com o moderno, o colecionador fez um curso de mosaico e pinturas e, buscando inspiração no Pinterest – rede social de compartilhamento de fotos – usa antigos moedores de café para fazer artigos de decoração, um dos mais pedidos pelos clientes dele.

“Eu estou tendo bastante encomendas deste tipo, então, tem muita coisa pra fazer. Estou alinhando o moderno e a tecnologia com as antiguidades. Pesquiso bastante para ter inspiração. Outras coisas que as pessoas gostam bastante de ver aqui são antigas revistas e livros. Tem professores, cheios de memória afetiva, que encontram muita coisa aqui e ficam abismados”, afirmou.

No entanto, é na feira que Gilberto peregrina levando parte dos objetos e mostrando a importância deles para a nossa cultura.

Quarto onde existem mais de 50 rádios, dezenas de máquinas de escrever e outras relíquias. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)
Quarto onde existem mais de 50 rádios, dezenas de máquinas de escrever e outras relíquias. (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

“Eu comecei participando de grupos de venda de antiguidades, tudo na internet, até que iniciamos a feira presencial. Lá eu vendi muito, já cheguei a vender mais de R$ 3 mil em um só dia. Só que a maioria das pessoas não valoriza. Para pagar R$ 100 em algo é difícil, todo mundo acha caro”, lamentou.

Recentemente, ele disse que conversou com pessoas ligadas à cultura sul-mato-grossense e aguarda uma visita na casa dele.

“A intenção é catalogar e levar este acervo para um lugar mais correto. Primeiro acho que o campo-grandense precisa ser estimulado, ter o hábito de visitar museus e conhecer, se aculturar mais. Este é um sonho, o meu próximo passo”, finalizou.

Veja o video na casa de Gilberto:

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