Opereta Pantaneira: As riquezas do Pantanal através da música clássica é apresentada nesta quarta, 5

O diretor teatral, Breno Moroni, e o maestro Eduardo Martinelli formam parceria inédita em obra que retrata as riquezas culturais pantaneiras por meio do teatro e da música clássica

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Atores em cena na 'Opereta Pantaneira' – foto: Altair Santos

Depois da estreia com o teatro Glauce Rocha lotado, a Opereta Pantaneira chega, agora, ao Sesc Cultura, no centro de Campo Grande. A apresentação será na quarta-feira (05), às 19h30, no átrio e os ingressos serão distribuídos meia hora antes da sessão. Considerada a primeira opereta sobre o Pantanal, a obra retrata o bioma tendo por ponto de partida os mitos, lendas e “causos” que permeiam este território que é tão conhecido mundo afora.

Para compor o enredo da trama são utilizados os recursos do teatro e da música de concerto, o que classifica o trabalho como uma opereta – um gênero mais curto e leve do que uma ópera original. Um convite ao público para se aproximar do universo das partituras, mesclando o erudito ao popular.

Da dramaturgia ao enredo musical, tudo parte da criatividade dos artistas envolvidos no espetáculo, como explica o diretor teatral, Breno Moroni. “Trata-se de um trabalho totalmente inédito, com texto de minha autoria e música composta por Martinelli e seus artistas. O texto teatral que existe na obra, escrevi há mais de dez anos quando estava em Lisboa, Portugal. A ideia veio dessa vontade de falar do Pantanal de um modo que se a gente for apresentar no Japão, por exemplo, a pessoa vai entender, se encantar”.

Opereta Pantaneira – foto: Altair Santos

Outro grande diferencial do espetáculo é a sua carga musical que conta não apenas com arranjos autorais como, ainda, oferece ao público o privilégio de apreciar, ao vivo, a performance de músicos que também integram a Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande . No palco, estarão 11 músicos, incluindo o maestro Eduardo Martinelli, que trocará a batuta pelo violão para tocar ao lado dos colegas.

“Apenas a última música não é inédita. Todas as outras são criações autorais, desde as canções até as partes instrumentais”, garante Martinelli. Um espetáculo que encontrou o ritmo rápido graças a fluidez e experiência de toda a equipe. “O trabalho ganhou o formato de uma ópera que é contar uma história cantando. Antes disso, estava com uma cara de teatro musical, onde as canções ficavam em segundo plano. A parte da música se transformou e, agora, a orquestra é protagonista, assim como os três atores em cena”.

A voz é outro elemento que ganha destaque, em cena, com a atuação e o canto dos três atores: Fernando Lopes, Melissa Azevedo e Marta Cel, junto da orquestra. Em meio ao texto e partituras, todos ganham seu papel cênico.

Melissa Azevedo, Marta Cel e Fernando Lopes – foto: Altair dos Santos

A Opereta Pantaneira ainda conta, na direção de arte, com o trabalho de Haroldo Garay, figurino de Tiana Sousa, iluminação Luiz Sartomen, produtora Caroline Garcia, Projeto Gráfico e Fotografia Altair dos Santos, Produção de Vídeo Tero Queiroz, a participação do bonequeiro Wilson Motta, que confeccionou dois tuiuiús, especialmente, para o espetáculo e a tradutora de libras Karen Martins, que participa devidamente caracterizada com trajes típicos de uma lavadeira de beira de rio.

Do popular ao erudito, a trilha do espetáculo contou com o talento dos artistas Eduardo Martinelli, Rodrigo Faleiros e Ivan Cruz, que será executada, ao vivo, pelos músicos Gleison Ferreira e Fábio Canela (violinos); Emanuel Caramaschi (viola); Marcelo Gerônimo (violoncelo); Jorge Cáceres (contrabaixo); Phillip Andara (flauta); Gabriel Domingues (fagote); Eduardo Martinelli, Rodrigo Faleiros e Ivan Cruz (violão, viola caipira, viola de cocho, percussão e charango) e Maria Rita Oliveira (piano).

O Sesc Cultura fica situado na Avenida Afonso Pena, 2270, próximo à Praça Ary Coelho.