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Neiva faz quindins inéditos de limão e morango em Campo Grande: ‘sem cheiro e gosto de ovo’

Eu duvido você imaginar de outro jeito: é só falar em quindim que vêm na cabeça aquele doce amarelinho e brilhante. Mas, e quando alguém garante que não tem cheiro e nem gosto de ovo? E quando inova, fazendo sabores improváveis como quindim de limão-siciliano, frutas vermelhas e morango? É o caso da doceira Neiva … Continued
Graziela Rezende -

Eu duvido você imaginar de outro jeito: é só falar em quindim que vêm na cabeça aquele doce amarelinho e brilhante. Mas, e quando alguém garante que não tem cheiro e nem gosto de ovo? E quando inova, fazendo sabores improváveis como quindim de limão-siciliano, frutas vermelhas e morango?

É o caso da doceira Neiva Caldeira, de 58 anos. Apaixonada pelo quitute, se diz superempolgada com as misturas que está fazendo. Do tradicional, trouxe novos sabores e mostra que realmente herdou o talento da avó, a qual ela considerava uma “doceira/confeiteira/quituteira de mão-cheia”.

“Eu faço doces há 20 anos, sempre em casa, sempre por encomendas. Foram os doces que me sustentaram, inclusive em um dos momentos mais difíceis, quando eu me separei e fiquei sozinha com meu filho de três anos. E eu já fiz de tudo o que possa imaginar, só que agora estou empolgada com os quindins”, contou ao MidiaMAIS.

‘É difícil achar quindim em Campo Grande’, comenta a doceira

Neiva diz que é apaixonada por quindins. Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax

Conforme Neiva, a escolha pelo doce foi o fato dela não encontrar em . “É muito difícil achar quindim aqui e eu comecei a pesquisar o que faria para vender, quando percebi que ninguém ou quase ninguém trabalha com o quindim. E o que todo mundo conhece do quindim tradicional é aquele com cheiro e gosto de ovo, bem diferente do meu”, comentou.

Sobre o “segredinho” para tirar o cheiro e gosto de ovo, a doceira fala que não há nenhum e não vê problema algum em compartilhar. “Comigo não tem esse negócio de segredo. O que acontece é que muita gente coloca na peneira e passa a colher para não perder ingrediente. No meu caso não, aprendi que precisa coar, colocar lá na peneira e esquecer. E mais: não rapar embaixo. A maioria não faz isso”, explicou.

Conforme Caldeira, foi vendendo os quindins tradicionais que ela decidiu fazer experimentos. “Os outros sabores também estão tendo uma excelente aceitação. Levei na igreja e saí de lá com encomendas. Tem gente pedindo quindim para colocar na ceia de Natal e é algo que fica superbonito. Além do quindim, estou fazendo pão de mel e panetone também, em tamanho médio”, afirmou.

Venda de doces começou em pousada de distrito

Doceira conta que está recebendo várias encomendas. Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax

Dona de casa na década de 80, Neiva viu a estabilidade financeira ruir quando se separou do antigo companheiro. “Nós morávamos em Piraputanga, perto de Aquidauana. Depois eu fui embora para e lá morei só com o meu filho pequeno. Fiquei um tempo lá, até que o meu outro filho foi para e me disse para morar aqui em Campo Grande. Neste tempo todo, foram os doces que me ajudaram”, relembrou.

Além de bolos e ovos de páscoa, Neiva fala que se tornou “especialista em compotas e doces cristalizados”. “Fiz isso durante muitos e muitos anos. Doces em compota de laranja, banana e caju pediam bastante. Muita gente comprava como opção de , assim como o pão de mel. Este foi o primeiro, aliás. Na pousada gostaram e depois começaram a pedir bombons, então, já saí fazendo de tudo”, contou.

Doceira diz que foi a única que ‘herdou’ talento da vó

Neiva fala que foi a única neta a herdar o talento da avó. Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax

Ao falar do doce favorito, Neiva mostra o quanto a memória afetiva está presente nos doces que comia na casa da avó. “Ela fazia um bolo de fubá, na panela de ferro, na brasa, que assava embaixo e em cima. Era maravilhoso e até hoje lembro do gostinho. Lembro muito deste e de outros doces que ela fazia lá em Palmeiras, perto de Piraputanga”, comentou.

Na época, Neiva fala que ela e outros primos passavam na casa da avó. “Os cinco quartos da casa dela lotavam. O doce favorito da minha avó era o de mamão, só que ela fazia de tudo. Até remédio de verme que ela dava para os netos eu aprendi a fazer com ela. E eu fui a única neta que seguiu os passos dela. Tomei gosto pelos doces e amo o que eu faço”, disse.

Na última semana, Neiva falou da felicidade com as encomendas de panetone, por conta das festas de fim de ano. “Estou com pedidos para entregar e aí fui atrás de uma caixinhas de doces, que vendo entre R$ 20 a R$ 40. Também vendo os panetones a R$ 7 e o pão de mel e o quindim por R$ 5 cada. Hoje a tarde vem um cacique da aldeia de Aquidauana, com a esposa. Ele já chegou em Campo Grande”, finalizou, emocionada.

Escolhi o de frutas vermelhas, será que é bom?

Quem quiser encomendar os produtos da Neiva, pode entrar em contato pelo telefone: (67) 98404-6330.

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