Imagine a seguinte situação: você é um paciente com doença renal e seu corpo perde uma de suas funções primordiais para continuar funcionando. Sua única esperança é transplante de rim, que pode demorar anos para acontecer. Para a sorte de Gilson da Silva Trajano, de Campo Grande, esse processo durou 10 meses. Após recuperação cirúrgica, ele celebra seu renascimento.

Gilson, de 38 anos, trabalha como servidor público federal e viveu momentos de angústia quando foi diagnosticado com insuficiência renal crônica, em julho de 2021. Na época, ele ficou uma semana internado no hospital da Unimed porque seus dois rins não funcionavam mais. A partir de então, muita coisa na sua vida mudou.

Início dos tratamentos para doença renal

Após os resultados dos exames, Gilson iniciou a diálise peritoneal – modalidade que permite ao paciente seguir com procedimento em casa – para tratar doença renal. Isso possibilitou que o servidor público continuasse boa parte das suas tarefas cotidianas. No entanto, o transplante sempre foi um sonho para o homem.

“Eu tentava não pensar nisso, no transplante, para não gerar mais ansiedade, mas eu esperei em Deus que viesse no momento certo o novo órgão”, conta.

Vale ressaltar que o transplante de rim é mais vantajoso do que a diálise por se tratar de um órgão que exerce todas as suas funções.

“O transplante aumenta a sobrevida do paciente e possibilita uma vida com mais qualidade, por isso, o Gilson sabia desde o início que precisaria de um novo rim, e logo demos início à bateria de exames para que ele fosse incluído na lista nacional de transplantes”, explica o nefrologista Alexandre Silvestre Cabral.

A boa notícia chegou

Dez meses se passaram até que Gilson, finalmente, recebeu a notícia mais importe da sua vida. Para não perder tempo, ele logo correu para fazer os exames restantes para ter certeza de que o órgão disponível seria compatível com seu organismo.

“Enquanto aguardava o resultado, fiquei em oração, mas ninguém me ligou, então pensei que provavelmente o rim teria ido para outra pessoa mais compatível e fui tentar dormir um pouco”, recorda o homem.

Porém, a surpresa maior estava por vir. No dia seguinte, Gilson se arrumava para o trabalho por volta de 7h30 da manhã quando seu telefone tocou. Do outro lado da linha, o médico Alexandre chamou ele para a sala de cirurgia.  

“Atendi a ligação e ele falou ‘vamos fazer o transplante? Arruma suas coisas e vai para o Hospital da Unimed. Vamos aguardar lá o resultado do último exame’, e assim eu fui, com o coração na mão”, diz o paciente, emocionado.

Dia de renascimento

Já internado e na companhia de sua esposa, Julia Cristina Alves Mendes Trajano, veio a confirmação: o novo rim de Gilson havia chegado. A cirurgia para o transplante renal foi realizada no dia 6 de outubro deste ano. A partir de então, essa data será lembrada para sempre como o dia do seu renascimento.

Assim, vinte dias após o procedimento operatório, Gilson afirma estar pronto para viver lindos momentos ao lado de quem ama.

“Agora sigo me fortalecendo, ao lado da minha família, esperançoso de ter uma nova vida e de poder ajudar outras pessoas que também precisam de um transplante, mas também incentivando outras a doarem órgãos”. 

Portanto, a doação de órgãos salva muitas vidas, visto que uma única pessoa pode beneficiar 10 pacientes ao ser uma doadora. Com isso em mente, Gilson também deixa uma mensagem de gratidão à família do seu doador.

“Só tenho a agradecer muito por esse gesto de bondade, mesmo que tenha sido em meio a uma dor grande, porque duas famílias foram contempladas por esse gesto nobre de amor”, conclui Gilson, emocionado.


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