O município de Porto Murtinho, a partir deste sábado (5), inicia o 1º Festival Internacional do Chamamé. Serão ao todo 37 grupos tocando por 4 dias e a cerimônia de abertura inicia às 18h, no Cineteatro Ney Machado Mesquita, com a presença do prefeito, Nelson Cintra e do presidente do Instituto Chamamé MS, Orivaldo Mengual, representantes do Governo do Estado e autoridades do município.

Na ocasião, será divulgada toda a programação que ocorrerá dos dias 11 a 14 de novembro. O evento também marca o encerramento da pesca, com início do período de defeso em todo o território de Mato Grosso do Sul, e, ainda, inauguração do Cineteatro.

Durante 4 dias, a cidade será a capital internacional do Chamamé, com profusão cultural de ritmos, sabores, danças e artesanatos da fronteira, além de seminário e oficinas. Os estandes de artesanatos terão produção de cidades vizinhas; peças produzidas por indígenas kadiweu; artes da etnia ayoreo, do Paraguai, e de artesãos da Argentina.

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Conforme a organização, a intenção é reunir centenas de pessoas, ao menos 800, em um momento para fomentar o intercâmbio cultural transfronteiriço. As apresentações também envolvem danças, tanto com artistas regionais como paraguaios, argentinos e de municípios vizinhos, entre eles duplas de destaque, como Castelo &  Elinho Filho, de Mato Grosso do Sul; Fuelles Correntinos, da Argentina e, do Paraguai, a Banda y Ballet Folklórico Municipal de Asunción e Mirta Noemi Talavera.

Além disso, está confirmada a apresentação do multi-instrumentista sul-mato-grossense Marcelo Loureiro, reconhecido internacionalmente. Plural, terá também ritmos correlatos, como a guarânia, o rasqueado e katchaka.

Rota Bioceânica

Durante o 1º Festival Internacional do Chamamé, também será destacada a Rota Bioceânica, já que a obra projeta uma conectividade cultural e econômica sem precedentes.

O município de Porto Murtinho é considerado o guardião do Rio Paraguai e portal da Rota Bioceânica, com uma ponte de 1.300 metros conectando o município sul-mato-grossense e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta.

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O prefeito da cidade, Nelson Cintra, avalia que o evento vai movimentar o comércio, cultura e turismo, alavancando a economia e também será ocasião para visita de novos empreendedores interessados em conhecer a Rota Bioceânica e a região fronteiriça.

Já Orivaldo Mengual, que é o presidente do Instituto Chamamé MS, comenta a rica programação de shows e espetáculos, feira de artesanato e atividades formativas, construindo um ambiente para relacionamentos, convivência, intercâmbios e negócios.

Chamamé é Patrimônio Imaterial da Humanidade

Reconhecido desde dezembro de 2020 como “Patrimônio Imaterial da Humanidade” pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e, desde junho de 2021, como “Bem de Natureza Imaterial de Mato Grosso do Sul”, o chamamé é uma tradição que passa de geração em geração.

“Com o festival em Porto Murtinho, damos uma outra dimensão para essa cultura, dimensão que nos permite refletir nossa história e nossos laços e o bem comum de nossas comunidades transfronteiriças”, avalia o presidente do Instituto Chamamé MS.

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