VÍDEO: Adeus à Delinha reúne artistas e caixão é fechado ao som de ‘O Sol e a Lua’
Corpo de Delinha passa por cortejo na cidade até local de sepultamento
Karina Campos, Guilherme Cavalcante –
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“Na distância em que vivo separado de você, vivo triste, apaixonado, com vontade de lhe ver. Você é a flor, eu sou o orvalho, acariciando seu perfume. Cada gota é saudade, amor, tristeza e ciúme”, traz a primeira estrofe de “O Sol e a Lua”, uma das canções mais icônicas da dupla Délio e Delinha.
Talvez, assim como na canção, os milhares de fãs, amigos e familiares se sintam com a partida de Delanira Pereira Gonçalves, a Delinha, a “Dama do Rasqueado”, que faleceu nesta quinta-feira (16) aos 85 anos. Reverenciada e reconhecida, a artista era a Embaixadora da Cultura de MS e deixou sua marca em legado inestimável, presente na história dos sul-mato-grossenses.
E foi com a letra de significado avassalador, que fala de corpos diferentes que se complementam no amor, que dissemos adeus à cantora, em velório que se estendeu até às 16h, na Câmara Municipal de Campo Grande.
“Nosso amor é comparado com o sol e com a lua: quando eu chego você sai, a distância continua”, cantavam músicos que prestavam homenagens, como o sanfoneiro Gerson Douglas, ex-integrante do Grupo Tradição, acompanhado de outros gigantes do gênero sertanejo, como Tostão e Guarany. E assim, com aplausos, deram seu último adeus à Dama do Rasqueado.
“Sol e Lua”, a canção predileta de Delinha, talvez, seu maior legado, encerrou as homenagens a uma história de talento, desafios, superações. “Tenho certeza de que minha mãe esta se sentindo acolhida no céu”, comentou ao Jornal Midiamax João Paulo Pompeu, filho da cantora.
Adeus à Delinha
O último adeus atraiu gente de todos os lugares. De Jaraguari, Elias Rodrigues Santos compareceu ao velório, que também foi aberto a seus admiradores. Sem dinheiro para comprar uma coroa, Santos fez cartaz a próprio punho com trecho da canção. “Sempre acompanhei a carreira dela. E hoje, o sol vai finalmente abraçar a lua”, comentou, em alusão ao reencontro com Délio, seu marido e parceiro de palcos, falecido em 2010.
O corpo de Delinha segue em cortejo por pontos estratégicos da cidade em uma viatura do Corpo de Bombeiros, com escolta, passando pela Avenida Ricardo Brandão, Rua Jeribá, Avenida Ministro João Arinos, Rua Joaquim Murtinho, Avenida Eduardo Elias Zahran, Avenida Costa e Silva, Avenida Fábio Zahran, Avenida Manoel da Costa Lima, Trevo Imbirussu e Avenida Gunter Hans, chegando na BR-60, onde fica o Cemitério Jardim da Paz.
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