A chegada do paratleta campo-grandense, Yeltsin Jacques, em Campo Grande, foi repleta de emoção. Após brilhante passagem e desempenho nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Yeltsin voltou para sua terra na noite desta terça-feira, dia 7 de setembro, feriado nacional da Independência do Brasil.
Ele chegou por volta das 23h50 e, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, uma recepção calorosa com direito a fãs e banda dos bombeiros o esperava. Assim que passou pela porta do desembarque, o Corpo de Bombeiros começou a tocar o clássico tema de abertura do Esporte Espetacular.
Em seguida, aplausos e tietagens agraciaram o atleta e o acolheram assim que pisou em solo sul-mato-grossense. Muita gente foi garantir sua foto com o medalhista de Tóquio para postar nas redes sociais.
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Imediatamente, assim que deixou o aeroporto, uma breve carreata foi puxada pelos bombeiros, que levaram o campeão olímpico em cima da viatura. O evento com os carros estava marcado para a manhã desta quarta-feira (8), mas teve uma prévia na noite de ontem.
O movimento oficial tem início às 9h de hoje, com saída no Horto Florestal, na Avenida Ernesto Geisel. “Para celebrar as conquistas dele”, declarou a companheira de Yeltsin sobre a carreata. O percurso segue a rua 26 de Agosto, travessa José Bacha, ruas Sete de Setembro, 14 de julho, Marechal Rondon, 13 de maio e avenida Afonso Pena.
A primeira parada será na Prefeitura, onde terá encontro com o prefeito Marquinhos Trad, por volta das 10h. Posteriormente, a procissão de veículos chegará à Governadoria, no Parque dos Poderes, às 11h. O paratleta campo-grandense será recepcionado pelo governador Reinaldo Azambuja e terá um almoço especial.
Yeltsin Ortega Jacques foi o primeiro sul-mato-grossense a colocar medalha no peito e fez história na capital japonesa, com dois recordes quebrados. O campo-grandense garantiu o primeiro ouro do Brasil no paratletismo e o seu primeiro em Jogos Paralímpicos.
Com larga vantagem, venceu os 5.000 metros rasos da classe T11 (atletas com deficiência visual, com baixa ou nenhuma visão), ao bater o tempo de 15min13s12, melhor marca das Américas e a dois segundos do recorde mundial.
O nome de Yeltsin estará para sempre nos livros de história que retratem o esporte paralímpico brasileiro: o sul-mato-grossense foi o responsável por conquistar a 100ª medalha de ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos.
Segundo ouro
Memorável, seu segundo ouro nas Paralimpíadas de Tóquio-2020 veio nos 1.500 metros rasos T11, com direito a novo recorde mundial estabelecido. O fundista terminou a prova em 3min57s60 — a melhor marca do planeta era de 3min58s37, atingida pelo queniano Samwel Kimani na Paralimpíada de Londres-2012.
O campo-grandense de 29 anos ainda tentou a terceira medalha na Tóquio-2020, na maratona da classe T12. No entanto, devido ao cansaço, Yeltsin desistiu na metade da prova, quando completou 21 quilômetros pelas ruas da capital japonesa. Na competição, o corredor teve como atletas-guia Laurindo Nunes Neto e Carlos Antonio dos Santos (Bira).