Acompanhado ou não, isso não importa. Viajar de moto é o esporte preferido de João Marcelo Barbosa, Militar da FAB aposentado. No entanto, ele conta ao Jornal Midiamax que costuma sair pela estrada sempre sozinho, apesar de participar de grupos de motoqueiros que encaram as rodovias do Brasil e do Mundo.

O campo-grandense de 58 anos já viajou quase todo o país, passando por 25 estados. Além das fronteiras nacionais, João também chegou a Argentina, ao e Chile: sempre de moto. Rodovias como a Transamazônica, carretera austral, estrada parque, BR-319 litoral brasileiro e muitos outros lugares maravilhosos só aumentam a bagagem do aposentado.

Só na moto atual, ele já rodou 140 mil quilômetros. Já foi nos quatro pontos cardeais e, na última viagem, esteve nas fronteiras da Guiana e da Venezuela. “Quando as viagens são longas, vamos em grupo por um pouco mais de segurança, caso aconteça um imprevisto. E também para dividir as alegrias da viagem, bebendo aquela cerveja gelada no fim do dia”, disse o aposentado ao MidiaMAIS.

Paixão pelas motocicletas já vem de muito tempo (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde muito novo, João já gostava de motos e os esportes relacionados a esse veículo, como o motocross. “Fazíamos pequenas viagens para assistir às provas em outras cidades, daí para as viagens mais longas tudo fluiu naturalmente”, relata.

Turismo solitário?

Na pandemia, o setor de viagens em motos enfrentou menos dificuldades porque se viaja isoladamente em um veículo ao ar livre. Sem as portas, vidros e o enclausuramento dos carros, a moto representa justamente isso: liberdade. “A dificuldade foi para viagens internacionais por conta das fronteiras fechadas, que ainda hoje não estão totalmente liberadas”, lamenta.

“Viajei menos na pandemia porque muitos lugares turísticos estavam também fechados, indo apenas para alguns pacotes com grupos menores e em locais abertos com os devidos cuidados”, discorre.

Viagens em grupo enriquecem as experiências e representam mais segurança (Fotos: Arquivo Pessoal)

 

E as vivências?

Uma das melhores coisas, segundo João, é encontrar com amigos nos locais que passa ou para, já que muitas amizades acabam sendo feitas pelo caminho. De acordo com o militar aposentado, a moto tem esse fator de estreitar laços. “É muito bom, apesar das restrições de bagagem, intempéries e alguns perigos, como óleo na pista, motoristas irresponsáveis, buracos, etc.”, afirma. 

Há também muitos pontos que diferenciam as jornadas percorridas de moto pelos trajetos feitos de carro. Para o aposentado, o contato humano é um deles. “A maneira como você percebe a estrada, os cheiros dos lugares, as diferenças de temperatura, muitos motoristas cumprimentam… nas paradas, as pessoas vêm perguntar sobre a viagem, é muito diferente de uma viagem de carro”, reflete.

Se possível, o aposentado quer chegar até o Alasca sobre duas rodas (Foto: Arquivo Pessoal)

Desafios e Alasca

Viagens a duas rodas são para qualquer tipo de pessoa? Bom, podem até ser, mas João Marcelo indica a aventura a um grupo em especial. “Pra quem gosta de desafios”, recomenda.

Amapá e são os poucos Estados que o militar ainda não passou com sua moto no Brasil e estão entre os principais desejos de destino de João. Além dos pontos brasileiros, ele quer continuar ultrapassando todas as fronteiras que forem possíveis. “O restante da América do Sul, América Central, do Norte… chegando até o Alasca”, finaliza.